A maioria do ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram pela manutenção da decisão do ministro Edson Fachin, que beneficiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por sete votos a favor e um contra, faltando outros três votos, o plenário do Supremo tornou Lula ficha limpa no final da tarde desta quinta-feira (15). A votação foi suspensa e será retomada na próxima semana.
Agora, o ex-presidente poderá se candidatar se quiser, porém ele ainda não está livre da Lava-Jato, já que as condenações foram anuladas, porém ele não está inocentado, já que os processos que responde serão julgados novamente. Fachin entendeu que a 13ª Vara Federal de Curitiba não era o tribunal correto para os casos, que envolvem o tríplex do Guarujá, o sítios de Atibaia e o Instituto Lula. Agora, os ministros precisam discutir o envio dos processos de Curitiba para Brasília, onde os julgamentos seriam reiniciados. A decisão de Fachin anulou duas das condenações contra o ex-presidente.
Os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Rosa Weber acompanharam o entendimento de Edson Fachin. Já o ministro Kassio Nunes Marques votou a favor da manutenção dos processos na vara federal de Curitiba, de acordo com o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
É muito improvável que até as eleições de 2022 os processos contra Lula já tenham sido julgados. Por isso, seus apoiadores consideram sua candidatura à presidência uma grande probabilidade.