O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes (imagem), determinou na noite de quinta-feira (12) a abertura de inquérito para investigar a notícia-crime apresentada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro sobre possíveis vazamentos de informações sigilosas da Polícia Federal (PF). A denúncia foi entregue na segunda-feira (9) e assinada por todos os ministros do TSE.
O presidente citou os dados em uma live, em 27 de julho, para tentar demonstrar a existência de fraudes nas eleições e ratificar suas declarações não comprovadas sobre o tema, a partir de um suposto ataque ao sistema interno do TSE em 2018 – e que, conforme o próprio tribunal, não representou qualquer risco.
O magistrado determinou que o deputado Filipe Barros (PSL-PR) e o delegado da PF, Victor Neves Feitosa Campo, prestem depoimentos. A decisão não prevê depoimento de Bolsonaro. As empresas Facebook, Twitter, Telegram, Linode (Cloudfare) e Bitly deverão retirar imediatamente de suas plataformas as publicações sobre o inquérito sigiloso. Porém, deverão preservar o conteúdo da live e encaminhá-lo ao STF.