Pivô do suposto esquema de rachadinhas de salários no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando este era deputado estadual no Rio, o ex-assessor Fabrício Queiroz obteve um habeas corpus que o autoriza a ficar em prisão domiciliar. A decisão é desta quinta-feira e foi julgada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, encarregado dos casos urgentes durante o recesso judicial. Os pedidos do casal estavam no STJ desde terça-feira (7), encaminhados pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Queiroz estava detido desde 18 de junho, quando foi encontrado no sítio de seu advogado, Frederick Wassef, em Atibaia, São Paulo. O ex-assessor do hoje senador Flávio e amigo de décadas do presidente Jair Bolsonaro terá que usar tornozeleira eletrônica para ter seus movimentos monitorados pela Justiça. Sua esposa, Márcia Aguiar, que está foragida, também foi beneficiada pelo mesmo habeas corpus.
A defesa de Queiroz alegou que ele é “portador de câncer no cólon e recentemente se submeteu à cirurgia de próstata”, o que o colocaria em risco dentro de uma prisão, dado o “atual estágio da pandemia do coronavírus”. Foram apresentados laudos de saúde e comprovantes de hospitalizações, cirurgias e exames. Não foi divulgado o local onde o investigado irá permanecer em monitoramento.