Fiscalização autorizada pelo TSE reduziria chance de contestação dos militares, que farão uma microapuração paralela por ordens de Bolsonaro
O Tribunal de Contas da União (TCU) tentará evitar problemas a serem criados pelo Executivo e por parte da cúpula militar ao promover a auditoria de 1% das urnas eletrônicas empregadas na eleição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O trabalho é oficial e paralelo à miniapuração extraoficial promovida pelas Forças Armadas, a mando do presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue contestando a segurança das urnas, mesmo sem jamais ter apresentado uma prova.
A checagem estatística serviria para neutralizar qualquer dúvida, já que o TCU verificará 4.161 urnas no primeiro turno – 1,02% das 407.551 urnas usadas nas seções eleitorais. Já os militares ficarão com cerca de apenas 300 urnas – microauditando 0,073% dos votos. Essa jogada pode ser um balde de água fria, já que o TCU pesaria na queda de braço como instituição isenta – ainda que fora de sua atribuição, mas menos que os fardados.
Dois técnicos do TCU também recolherão nas 27 unidades federativas 40 boletins de urnas para compará-los com os dados informados pelo TSE, um trabalho que os partidos políticos fazem há décadas, comparando os resultados com seus próprios mapas de urnas, que consideram afinidades regionais dos eleitores.
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