Senadora descartou atuação de caciques do MDB e exaltou o engajamento de mulheres – mesmo mínimo
Citando Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e Mário Covas, a presidenciável Simone Tebet (MDB) compareceu à sabatina do Jornal Nacional nesta sexta-feira (26) com um tom pretensamente inovador, mas com dificuldades em abordar questões antigas espinhosas, como corruptos em seu partido e a pouca representatividade feminina dentro da sigla – e de todas as demais.
Foi a entrevista mais aguda do JN sobre propostas de governo e números. Tebet tentou se apresentar como representante de uma certa terceira via – na qual lhe consagrou candidata, mesmo com caciques emedebistas tentando “puxar seu tapete”. Justamente por ser tão MDB, soou como uma quarta opção, ou melhor, representante da até agora inédita 4ª via.
Tebet quer governar por meio de um presidencialismo de conciliação e jogou para os economistas liberais a responsabilidade pela reduçaõ de impostos, enquanto acabaria com a fome e reduziria. Por isso, foi criticada pela ausência de detalhes sobre seu plano econômico – o que não foi cobrado de Bolsonaro, Ciro e Lulas.
Sobre o orçamento secreto, propôs transparência para evitar casos de corrupção e lavagem de dinheiro em municípios do interior do país. Sobrou tempo para citar a “cidade mais banguela do planeta”, justificada pelo quantidade de recursos para executar procedimentos odontológicos em seus munícipes.
Ao final, Tebet assegurou que não faz estelionato eleitoral e que todas suas propostas são orçamentariamente exequíveis. Deu soluções – mesmo que superficiais – para a segurança pública, propôs um seguro de renda para trabalhadores informais – cerca de 40 milhões – e criticou o sigilo de 100 anos imnposto para ações do governo Bolsonaro.
O que não foi perguntado
- Governabilidade para a terceira ou quarta via;
- Relação com o PSDB;
- CPI da Covid;
- O ex-presidente de seu partido, Michel Temer;
- Problemas ambientais em seu estado, o Mato Grosso do Sul.
Domingo tem debate
O primeiro debate televisionado entre os presidenciáveis está marcado para domingo (28), nos estúdios da TV Bandeirantes em São Paulo. Foram convidados Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Felipe D’Avila (Novo), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). O encontro foi organizado por Band, Folha de S. Paulo, TV Cultura e UOL. A transmissão será ao vivo pela Band e Cultura em TV aberta e pelo UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
O que MONEY REPORT publicou