O artefato explosivo foi colocado no eixo de um caminhão-tanque que iria abastecer aeronaves
O juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília, Osvaldo Tovani aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra três homens acusado de tentaram explodir uma bomba nas redondezas do Aeroporto JK, em Brasília, em 24 de dezembro. A informação é do G1.
“O objetivo dos denunciados era cometer infrações penais que pudessem causar comoção social a fim de que houvesse intervenção militar e decretação de Estado de Sítio”, afirma a denúncia.
O motorista do caminhão-tanque resolveu fazer uma vistoria antes de entrar no aeroporto, foi então que viu o objeto e chamou a Polícia Militar.
Vale lembrar que a tragédia não ocorreu porque apesar de acionada, a bomba não explodiu, conforme foi averiguado pelos peritos.
George Washington de Oliveira Sousa (imagem); Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza vão responder na Justiça pelo crime de explosão, a pena é de 3 a 6 anos de prisão, mais pagamento de multa.
As acusações de atos de terrorismo, serão enviadas para a Justiça Federal, instância que possui a competência para analisar se o fato pode ser configurado como crime contra o Estado Democrático de Direito.
De acordo com a denúncia, cada um dos três teve papel fundamental na tentativa de explosão do caminhão-tanque. Enquanto George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos montaram o artefato explosivo, Wellington Macedo de Souza foi até o local e colocou a bomba no eixo do caminhão abastecido com combustível aéreo.
Para o MP é necessário que a pena seja aumentada em ⅓, pelo fato do crime ter tido como alvo o depósito de combustível.
Segundo investigação da Polícia Civil do DF, os três homens planejaram tudo enquanto estavam alojados no acampamento que ficava em frente ao QG do Exército, em Brasília.
“Já em Brasília-DF, em frente ao Quartel General, em 23/12/2022, George, Alan e Wellington e outros manifestantes não identificados, elaboraram o plano de utilização de artefato explosivo para detonação em lugares públicos”.
O juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou o envio de parte da investigação sobre organização criminosa para a Procuradoria-Geral da República (PGR), para que o caso seja analisado no âmbito da Operação Nero, que investiga os atos de vandalismo que ocorreram nas ruas de Brasília, no dia da diplomação do presidente Lula, em 12 de dezembro.
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