BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto, indicou nesta quarta-feira que o partido deve apoiar formalmente o governo de Jair Bolsonaro, mas que uma decisão definitiva será tomada nas próximas semanas, depois de uma reunião da Executiva do partido.
Segundo o prefeito de Salvador, “as coisas estão caminhando para um apoio formal” e há um “ambiente positivo” formado pela afinidade com a agenda econômica e pelo fato de que o DEM já tem três ministros indicados no novo governo.
Três deputados federais do DEM serão ministros de Bolsonaro: o aliado de primeira hora Onyx Lorenzoni (Casa Civil), a atual coordenadora da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Tereza Cristina (Agricultura), e Luiz Henrique Mandetta (Saúde).
“Mostramos que nosso interesse é que o Brasil de certo, estamos comprometidos com agenda que venha colocar país nos trilhos”, disse o presidente do DEM após encontro de membros do partido com Bolsonaro.
O senador e governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado, foi na mesma linha. “É claro hoje no sentimento da bancada que estamos diante de um momento desafiador e que a pauta desse governo tem tudo a ver com tudo que defendemos nesses últimos anos.”
A bancada do DEM foi a sétima a se reunir com o presidente eleito, em uma sequência de reuniões marcadas com os partidos para negociar apoios no Congresso.
ACM Neto elogiou a postura de Bolsonaro, que tem dito que não pretende se envolver na eleição para as presidências da Câmara e do Senado. O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem se movimento em busca da reeleição em fevereiro.
“A postura que o presidente eleito está tendo em relação à presidência da Câmara é a necessária. Quanto maior distância mantiver, melhor será o resultado em fevereiro”, disse o prefeito de Salvador.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)