WASHINGTON (Reuters) – Uma mulher que havia acusado de forma anônima Brett Kavanaugh, indicado para a Suprema Corte dos Estados Unidos, por má conduta sexual no início dos anos 1980, decidiu ir à público com as acusações e forneceu detalhes do suposto incidente, informou o Washington Post neste domingo.
Em entrevista ao jornal, Christine Blasey Ford disse que quando ainda era uma estudante de ensino médio em um subúrbio de Maryland, perto de Washington, Kavanaugh prendeu-a em uma cama, apalpou-a e tentou tirar sua roupa.
Na semana passada, Kavanaugh disse negar “categoricamente e inequivocamente” as alegações. A Casa Branca não respondeu o pedido de comentário neste domingo.
Ford, agora uma pesquisadora da área de psicologia de 51 anos na Califórnia, disse ao Washington Post que enviou uma carta em julho à deputada democrata Anna Eshoo relatando o incidente, mas solicitou confidencialidade na época.
No entanto, a existência da carta e alguns detalhes de seu conteúdo se tornaram públicos nos últimos dias.
Christine Blasey Ford não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentar o assunto.
O Comitê Judiciário do Senado concluiu suas audiências sobre Kavanaugh e planejou votar esta semana a indicação dele pelo presidente Donald Trump para a mais alta corte do país.
O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, disse que quer realizar uma votação no Senado para confirmar Kavanaugh no dia 1º de outubro.
Assessores de McConnell não foram encontrados para comentar.
(Por Richard Cowan e Joel Schecthamn)