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Boeing vence Airbus em corrida anual de encomendas de aeronaves

Por Tim Hepher

LONDRES (Reuters) – A Airbus perdeu em 2018 uma série de cinco anos consecutivos de liderança em encomendas de jatos de passageiros, registrando o menor nível de participação em seis anos em um mercado de 150 bilhões de dólares, mas reduzindo a distância que a separava da Boeing no quesito de entregas de aviões.

A companhia europeia afirmou que obteve 747 encomendas líquidas de aviões, queda de 33 por cento sobre 2017, apesar da importante contribuição do avião canadense A220, anteriormente controlado pela Bombardier. A Boeing venceu a corrida pela primeira vez desde 2012, registrando 893 encomendas.

A Airbus entregou 800 aviões, alta de 11 por cento sobre o ano anterior, incluindo 20 unidades do modelo A220, o que deixou a Boeing com o título de maior fabricante de aviões do mundo pelo sétimo ano consecutivo.

Apesar da Boeing não ter cumprido meta de entregas e a Airbus ter reduzido sua estimativa inicial por causa de problemas na cadeia global de fornecedores, a forte demanda por aviões de passageiros ampliou as entregas de aeronaves do setor em 8 por cento, para o ritmo mais intenso em seis anos.

O presidente da Airbus, Guillaume Faury, afirmou que a companhia conseguiu um conjunto “saudável de encomendas”, com fila de espera de muitos modelos se estendendo por até sete anos.

Fontes do setor afirmam que a busca da Airbus por novos negócios, entretanto, foi prejudicada por problemas industriais, mudanças na administração e problemas de moral da equipe coincidindo com uma investigação sobre denúncias de corrupção.

A Boeing, enquanto isso, tem conseguindo faturar com maior disponibilidade e custos menores do jato 787 Dreamliner, enquanto tenta retomar terreno no lucrativo segmento de aviões de fuselagem estreita com capacidade para mais de 200 passageiros.

QUEDA DE PARTICIPAÇÃO

Os números de encomendas marcam a importância da decisão da Airbus de assumir o controle sobre a deficitária operação do jato CSeries, da Bombardier, rebatizado de A220. O modelo gerou 135 encomendas avaliadas em 12 bilhões de dólares a preços de tabela.

Sem esse impulso, a Airbus obteve uma participação de apenas 41 por cento do mercado dividido com a Boeing, a menor parcela desde 2009.

O presidente da Airbus rejeitou essa comparação, afirmando a jornalistas que o A220 agora é “uma parte integral da linha de produtos” da companhia.

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