(Reuters) – O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que fará tudo que puder dentro da legalidade e da democracia contra Cuba e Venezuela, cujos regimes de esquerda ele critica.
Em transmissão ao vivo em uma rede social, Bolsonaro afirmou que não convidar os líderes dos dois países, a quem chamou de ditadores, é um exemplo do que pode fazer para apoiar os povos de Cuba e da Venezuela.
“Nós não convidamos o ditador cubano nem o ditador venezuelano, afinal de contas é uma festa da democracia, e lá não existem eleições e, quando existem, são suspeitas de fraude, então para nós não interessa”, disse o presidente eleito.
“Tudo o que pudermos fazer, dentro da legalidade, dentro da democracia, contra esses países, nós faremos”, acrescentou.
O futuro governo chegou a convidar os líderes dos dois países, mas depois desconvidou, numa disputa interna que levou ao afastamento do chefe de cerimonial da transição.
Na transmissão, Bolsonaro voltou a dizer que não é contra imigrantes, mas que é preciso haver critérios para que eles entrem no país. E citou a situação na França como exemplo, afirmando que os imigrantes tentam “fazer valer a sua cultura” no novo país, o que é um problema.
“Os que foram para lá, o povo francês acolheu da melhor maneira possível, mas vocês sabem da história dessa gente né? Eles têm algo dentro de si que não abandonam suas raízes e querem fazer valer a sua cultura, os seus direitos lá de trás, e a França está sofrendo com isso.”
(Por Alexandre Caverni)