Por Alexandra Ulmer
CARACAS (Reuters) – Dois bombeiros venezuelanos que fizeram um vídeo viral que retrata o presidente Nicolás Maduro como um burro foram presos preventivamente no domingo e serão julgados por incitação ao ódio, podendo passar até 20 anos na prisão se forem condenados, disseram grupos de direitos humanos.
Ricardo Prieto, de 41 anos, e Carlos Varón, de 45, foram detidos por autoridades de contrainteligência militar na quarta-feira no quartel em que trabalhavam no oeste do Estado de Mérida, de acordo com o observatório de direitos humanos da Universidade dos Andes de Mérida, que está acompanhando o caso.
A dupla compareceu no domingo diante do juiz Carlos Márquez, que ordenou que fossem presos para serem julgados por acusações de violação de uma lei contra o incentivo ao ódio que foi aprovada no ano passado, disseram o observatório e o grupo de direitos humanos Fórum Penal.
“Os bombeiros foram indiciados com uma acusação agravada de incitação ao ódio. Essa acusação agravada implica… 20 anos de prisão”, disse o advogado Ivan Toro, do observatório, que acompanhou a audiência.
Opositores de Maduro, líder de esquerda que culpam pelo colapso econômico da Venezuela, o vêm chamando há tempos de “Maburro”.
Seu governo não respondeu a um pedido de comentário sobre o caso. A Reuters não conseguiu contatar Prieto e Varón nem seus advogados de imediato.
(Reportagem adicional de Shaylim Castro)