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Desmatamento do Cerrado cai para mínima recorde em 2018

BRASÍLIA (Reuters) – O desmatamento do Cerrado brasileiro, bioma que ocupa um quarto do país, recuou 11 por cento e atingiu uma mínima recorde em 2018 quando comparado com o ano anterior, informou o Ministério do Meio Ambiente em um comunicado emitido nesta terça-feira.

O desmatamento do bioma do Cerrado totalizou 6.657 quilômetros quadrados, uma área maior do que o Estado norte-americano do Connecticut.

Foi um pouco menos do que os 6.777 quilômetros quadrados de 2016, a mínima anterior desde que os registros começaram a ser feitos, segundo o ministério.

O dado contrasta com o da floresta Amazônica, que representa 40 por cento do território brasileiro e testemunhou um aumento de 13,7 por cento no desmatamento neste ano, para uma máxima em dez anos.

Ativistas têm expressado temores de que o desmatamento aumente por conta das diretrizes propostas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que toma posse em 1o de janeiro, e que prometeu acabar com a atual “indústria da multa” para violações ambientais como o desmatamento.

O número relativo ao Cerrado se baseia na mudança vista no desmatamento entre agosto de 2017 e julho de 2018, o período usado para se medir o desflorestamento anual, tal como registrado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O comunicado não deu uma explicação para a diminuição do desmatamento no Cerrado.

A vegetação do Cerrado absorve grandes quantidades de dióxido de carbono, o que torna sua preservação crucial para conter as emissões de gases de efeito estufa e refrear o aquecimento global.

    Embora o Cerrado não seja tão densamente arborizado quanto a floresta amazônica, suas plantas têm raízes profundas que prendem o carbono no solo e às vezes são classificadas como uma floresta subterrânea.

    Ricardo Salles, futuro ministro do Meio Ambiente no governo Bolsonaro, disse à Reuters na segunda-feira que Bolsonaro não extirpará os recursos para a proteção ambiental, ao contrário do que temem os ambientalistas.

    O dinheiro para a proteção ambiental é mal administrado e gasto de forma ineficiente, disse ele, argumentando que é capaz de produzir resultados melhores com o mesmo orçamento.

    (Por Jake Spring)

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