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ENTREVISTA-Mudança de governo na Venezuela favorecerá China e Rússia, diz Guaidó

Por Mayela Armas

CARACAS (Reuters) – Uma mudança de governo na Venezuela favoreceria os dois países que são os maiores credores venezuelanos, Rússia e China, disse o líder da oposição no país e autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, à Reuters em entrevista nesta quinta-feira.

Guaidó disse que enviou comunicações à Rússia e à China, aliados do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que acusa Guaidó de promover um golpe contra seu governo. Os Estados Unidos e vários outros países já reconheceram Guaidó como chefe de Estado legítimo.

“O que mais interessa à Rússia e à China é a estabilidade do país e uma mudança de governo”, disse ele. “Maduro não protege a Venezuela, não protege os investimentos de ninguém, e ele não é bom para esses países.”

Guaidó deu a entrevista em sua casa em Caracas, onde mais cedo nesta quinta agentes da temida polícia especial venezuelana apareceram em busca de sua esposa, em um sinal da crescente pressão que Maduro está fazendo sobre a oposição.

Na entrevista, ele disse que “não tem nenhum medo” de possivelmente ser preso, depois que a suprema corte do país aprovou na terça-feira a abertura de uma investigação preliminar sobre suas ações, proibindo-o de deixar o país e congelando suas contas bancárias.

Guaidó disse que o governo venezuelano será “responsável” com seus credores e detentores de bônus. Ele ainda não controla as funções de Estado, que seguem leais a Maduro apesar dos pedidos da oposição por deserções.

Guaidó disse que está avaliando como assumirá o controle da Citgo, unidade nos EUA da petroleira estatal PDVSA e maior ativo da Venezuela no exterior, após o governo do presidente norte-americano, Donald Trump tentar usar a companhia na tentativa de alavancar a queda de Maduro.

O governo dos EUA e Guaidó estão tentando nomear um novo conselho para a Citgo.

Guaidó também disse que, sob um futuro governo, a PDVSA seguirá sob mãos estatais, acrescentando que a principal prioridade será recuperar a produção no devastado setor de petróleo.

“Estamos aqui para fornecer certeza para a economia, para a sociedade e na política”, disse ele.

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