RIO DE JANEIRO (Reuters) – As Forças Armadas iniciaram nesta segunda-feira, em parceria com as forças policiais do Rio de Janeiro, uma grande operação nas vias de acesso ao Estado para evitar a entrada de armas, drogas e munições, em uma ação que antecede mas ainda não faz parte da intervenção federal na área de segurança do Rio, decretada na semana passada.
Ao todo foram destacados 3 mil militares de Marinha, Exército e Aeronáutica, além de homens da polícia rodoviária federal, Força Nacional de Segurança e policiais locais.
Segundo as forças que atuam na operação, estão sendo feitos pontos de bloqueio, controle e fiscalização de vias urbanas, nos acessos rodoviários, especialmente na BR-101, nas divisas do Estado.
Veículos blindados e aeronaves estão sendo usados na megaoperação e o espaço aéreo também será controlado.
“Os índices de violência do Rio não são os piores do Brasil, mas têm peculiaridades …chegamos no limite. Sozinhos não conseguimos vencer a marginalidade”, declarou mais cedo o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, ao citar as fragilizadas fronteiras do Rio.
“Não estamos numa situação de falência, de maneira nenhuma…não estamos na falência e temos um dos maiores orçamentos da União na área de segurança.”
O secretário de Segurança do Estado, Roberto Sá, foi exonerado do cargo nesta segunda, três dias após a assinatura do decreto da intervenção federal na segurança. O subsecretário de Segurança, Roberto Alzir, responde pelas demandas da pasta, mas o interventor, general Walter Braga Netto, pode assumir a pasta ou nomear um nome de sua confiança.
(Por Rodrigo Viga Gaier)