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Haddad culpa PSDB pela extensão da crise econômica do país

BRASÍLIA (Reuters) – O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, responsabilizou nesta sexta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, o PSDB pela extensão da crise econômica enfrentada pelo governo de Dilma Rousseff, mesmo admitindo que a ex-presidente tenha cometido erros.

Ao ser questionado sobre como o PT poderia garantir que não cometeria os erros que levaram à crise econômica do governo Dilma, Haddad afirmou ter todas as razões para acreditar que o PSDB não iria sabotar o próximo governo eleito.

“A culpa é do PSDB porque o ex-presidente do PSDB (Tasso Jereissati) assumiu a culpa ontem em um jornal de grande circulação. Tasso afirmou: ‘Nós cometemos três erros: nós pela primeira vez questionamos um resultado eleitoral no Brasil. Isso é um crime contra a democracia. Segundo, nós aprovamos uma pauta que não acreditávamos para prejudicar o PT. Três, nós embarcamos no governo Temer, e quatro, embarcamos em Aécio Neves'”, disse o petista, citando entrevista dada pelo tucano ao jornal O Estado de S. Paulo.

“As palavras são dele. Esses quatro elementos são responsabilidade do PSDB.”

Haddad diz reconhecer erros cometidos pelo governo Dilma, entre eles as promessas de campanha que não puderam ser cumpridas, mas afirma que a “sabotagem” feita pelo PSDB teve mais influência na crise que os erros do governo petista.

O candidato do PT foi ainda questionado sobre as críticas que o partido faz ao Judiciário. Os entrevistadores apresentaram números mostrando que a maior parte dos ministros dos tribunais superiores foram indicados pelos governos petistas e questionaram qual o motivo de o partido acusar o judiciário de uma “conspiração” contra a legenda.

“Isso prova que nunca partidarizamos o Judiciário. O presidente Lula nunca indicou como ministro alguém porque ia votar a favor de A ou B. Eu nunca usei a palavra conspirar”, disse.

“Isso não significa que a Justiça não possa errar. Tanto pode errar que os recursos estão previstos para corrigir erros. Se fosse infalível bastava juiz de primeira instância”, acrescentou.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

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