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Indústria chinesa tem queda pela primeira vez em dois anos; 2019 parece difícil

Por Ryan Woo e Lusha Zhang

PEQUIM (Reuters) – A atividade industrial da China caiu pela primeira vez em mais de dois anos neste mês de dezembro, mostrando que Pequim tem um enorme desafio pela frente ao tentar acabar com uma contundente guerra comercial com Washington e reduzir o risco de uma desaceleração econômica ainda mais acentuada em 2019.

A crescente pressão sobre a indústria sinaliza uma contínua perda de ímpeto na China, aumentando as preocupações sobre o abrandamento do crescimento global, especialmente se a disputa sino-americana se arrastar.

Os atritos comerciais já prejudicam as cadeias de fornecimento globais, alimentando preocupações de que o problema se intensifique para o próximo ano de comércio mundial, investimentos e mercados financeiros instáveis.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) – o primeiro a mostrar a situação da economia da China a cada mês – caiu para 49,4 em dezembro, abaixo do nível de 50 pontos que separa o crescimento da contração, mostrou uma pesquisa da Agência Nacional de Estatísticas (NBS) nesta segunda-feira.

Foi a primeira queda desde julho de 2016 e a previsão mais fraca desde fevereiro de 2016. Os analistas previam que o índice cairia de 50,0 no mês anterior para 49,9.

Espera-se que a China implemente mais medidas de apoio econômico nos próximos meses, além de uma série de iniciativas neste ano. Uma desaceleração prolongada no setor fabril, fundamental para os empregos, provavelmente desencadearia novas tentativas de estimular a demanda doméstica.

Em novembro, a produção industrial subiu no menor nível em quase três anos, enquanto o crescimento dos lucros nas empresas industriais caiu pela primeira vez em quase três anos.

(Por Ryan Woo e Lusha Zhang; Reportagem adicional de Yilei Sun)

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