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Irã mira na exportação de petróleo por empresas privadas para enfrentar sanções americanas

DUBAI (Reuters) – O Irã vai permitir que empresas privadas exportem petróleo cru como parte da estratégia para enfrentar as sanções americanas contra o país, e está pedindo aos demais membros da Opep, incluindo seu rival regional Arábia Saudita, para que não quebrem o acordo de produção, informaram neste domingo porta-vozes do governo iraniano.

O Irá está buscando maneiras de manter a exportação de petróleo e outras medidas para enfrentar as sanções depois que os Estados Unidos disse a aliados para cortar todas as importações de petróleo iraniano.

“O cru iraniano será oferecido na bolsa e o setor privado pode exportá-lo de uma maneira transparente, disse o primeiro vice-presidente Eshaq Jahangiri em um evento econômico transmitido pela tevê estatal iraniana. “Nós queremos derrotar os esforços americanos de parar as exportações iranianas”.

Ao mesmo tempo, o ministro de Petróleo Bijan Zanganeh enviou uma carta a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep)pedindo a seus membros que mantenham o acordo fechado no mês passado de aumentar a produção coletivamente e “evitar medidas unilaterais” que poderiam enfraquecer a unidade do grupo.

Referindo-se a informações de que a Arábia Saudita poderia aumentar sua produção para repor o petróleo iraniano nos mercados mundiais, Jahanguiri afirmou que “qualquer um tentando ocupar o espaço do Irã no mercado estará cometendo uma grande traição e um dia pagará por isso”.

O líder da Arábia Saudita prometeu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que poderá aumentar sua exportação se for necessário e o país possui 2 milhões de barris diários de capacidade extra, informou no sábado a Casa Branca.

A Opep fechou um acordo com a Rússia e outros países produtores no dia 23 de junho de aumentar a produção a partir de julho, com a Arábia Saudita se comprometendo a um crescimento sem dar números específicos.

“Qualquer aumento da produção por qualquer país membro para além do estipulado pela decisão da Opep será uma quebra do acordo”, escreveu Zanganeh.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

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