MILÃO (Reuters) – O ex-guerrilheiro italiano Cesare Battisti, que está foragido há quase quatro décadas depois de ter sido condenado por assassinato, foi preso na Bolívia e deve ser extraditado para a Itália, disseram autoridades neste domingo.
“Ele logo chegará ao Brasil e daqui será transferido para a Itália para cumprir pena de prisão perpétua”, escreveu no Twitter Filipe G. Martins, assessor de assuntos internacionais do presidente Jair Bolsonaro.
Um avião transportando policiais e oficiais de inteligência italianos já está a caminho da América do Sul, informou neste domingo o Ministério do Interior da Itália.
O ministro do Interior, Matteo Salvini, que também é vice-primeiro-ministro, disse à televisão que esperava que Battisti estivesse na Itália no meio da semana.
Battisti, de 64 anos, enfrenta prisão perpétua em seu país de origem, onde foi condenado por quatro assassinatos cometidos na década de 1970. Ele negou a responsabilidade por quaisquer mortes.
Ele escapou da prisão em 1981 e viveu na França antes de fugir para o Brasil para evitar ser extraditado.
Battisti, que tem um filho brasileiro de cinco anos, passou anos no Brasil, apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, Bolsonaro, que assumiu o cargo neste mês, prometeu mandá-lo de volta para a Itália. Em dezembro, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou a prisão de Battisti, mas a essa altura ele já havia se estabelecido novamente.
Em um comunicado no domingo, Salvini agradeceu à polícia e a todos os envolvidos na captura de Battisti.
(Por Stephen Jewkes)