RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Justiça de Minas Gerais proibiu o Estado de conceder ou renovar licenças ambientais que utilizem tecnologia de alteamento a montante, apontada por promotores como um método de construção “assassino” e “ultrapassado”, informou nesta quarta-feira o Ministério Público estadual.
A decisão, tomada na segunda-feira, mas tornada pública nesta quarta pelo em MP em nota, fixou multa de pelo menos 100 mil reais por descumprimento da decisão, que foi tomada mais de dois anos após pedido feito pelo Ministério Público de Minas Gerais.
O design a montante custa cerca de metade do preço de outras barragens, mas apresenta maior risco de segurança, porque suas paredes são construídas sobre uma base de resíduos, em vez de em material externo ou em terra firme. Esse tipo de tecnologia era utilizado na barragem da Vale em Brumadinho (MG) que se rompeu na semana passada, deixando dezenas de mortos e quase 300 desaparecidos.
(Por Marta Nogueira)