Por Marine Pennetier e Michel Rose
PARIS (Reuters) – Com a maior crise política de sua presidência, Emmanuel Macron pediu ajuda ao ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, um sinal de que a influência do ex-líder de direita sobre Macron está aumentando.
No espaço de três semanas, Macron, que mostra dificuldade para conter uma revolta de um mês contra suas reformas, recorreu duas vezes a Sarkozy, que comandou a França de 2007 a 2012 com uma plataforma de aplicação rígida da lei e da ordem.
Macron, de 40 anos, almoçou com Sarkozy no Palácio do Eliseu em 7 de dezembro, disse uma fonte palaciana, pouco antes do final de semana de protestos mais violentos dos manifestantes “coletes amarelos”, que causaram estragos em alguns dos distritos mais elegantes de Paris.
Macron e Sarkozy debateram a ordem pública e uma das medidas fiscais anunciadas por Macron na semana passada –uma isenção fiscal para horas extras– que foi um dos pilares do programa do próprio Sarkozy quando era presidente, noticiou o jornal Le Figaro.
No domingo passado Macron enviou Sarkozy a Tbilisi para representar a França na posse do novo presidente da Geórgia, decisão que causou frisson nos círculos políticos franceses.
Fontes próximas de Sarkozy veem a aproximação como uma maneira de Macron acenar a eleitores de direita franceses que ficaram chocados com imagens de carros incendiados em áreas de classe alta de Paris e com a decisão de Macron de tentar subornar os manifestantes com benesses custosas.