CARACAS (Reuters) – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou nesta quarta-feira que pode tomar “medidas diplomáticas” contra os países da América Latina que assinaram uma declaração, na semana passada, classificando de ilegítimo seu segundo mandato, que deve se iniciar na quinta.
Os membros do chamado Grupo de Lima, que inclui Brasil, Argentina e Colômbia, disseram que o novo mandato de Maduro seria ilegítimo e que não reconheceriam sua liderança porque as eleições de 2018 na Venezuela não foram livres e justas.
A Venezuela “tem alertado de modo muito claro os governos do Cartel de Lima que, se não retificarem sua posição… nós vamos tomar medidas as mais drásticas e enérgicas que se podem tomar na diplomacia”, disse Maduro, usando a forma pejorativa usada por seu Partido Socialista para se referir ao grupo.
Ele não detalhou quais medidas seriam essas.
Maduro chamou o governo do Peru de “ridículo” por anunciar planos para proibir Maduro e outras autoridades de alto nível venezuelanas de entrar em seu território.
A eleição de maio de 2018 foi em grande parte boicotada pela oposição, que descreveu o processo como uma farsa montada em favor de Maduro. Alguns países também consideraram o processo ilegítimo.
Maduro insiste que a eleição foi justa e que a oposição não participou porque sabia que perderia. Ele acusa os governos de outros países, incluindo de nações da América Latina, de buscar a sua queda.
(Reportagem de Vivian Sequera)