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Movimento 5 Estrelas prepara propostas para formação de governo italiano com outros partidos

Por Gavin Jones

ROMA (Reuters) – O líder do Movimento 5 Estrelas, Luigi Di Maio, disse nesta sexta-feira que o partido italiano anti-establishment está preparando propostas de políticas econômicas para outros partidos como forma de encontrar um meio-termo para formar um governo depois da eleição inconclusiva de domingo.

O 5 Estrelas emergiu como o maior partido com folga na votação, mas não tem cadeiras suficiente para governar sozinho.

Di Maio disse que o presidente da Itália deveria dar ao 5 Estrelas o direito de tentar compor um governo, mas os partidos de uma coalizão de centro-direita que combinados conquistaram a maior parte dos assentos reivindicam esse papel.

Em entrevista ao jornal Corriere della Sera, Di Maio disse que em breve seu partido apresentará propostas a serem incorporadas ao plano econômico de longo prazo do governo em fim de mandato — estas precisam ser apresentadas até 10 de abril.

“Queremos agir rápido… se os outros partidos quiserem propor outras medidas que ajudarão as pessoas, estamos dispostos a debatê-las”, afirmou Di Maio.

As perspectivas para a formação de uma coalizão dominam o debate político italiano desde a eleição, e a maioria dos analistas se concentra na possibilidade de uma parceria entre o 5 Estrelas e o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda.

“Isso é o que os jornais escrevem, mas eu sempre disse que discutirei com todos os partidos, sem exceção”, disse Di Maio, de 31 anos, eleito como líder do 5 Estrelas em setembro.

Após sua fundação, em 2009, o 5 Estrelas passou anos dizendo que não formaria coalizões com as grandes siglas. Mas, à medida que as chances de um Parlamento sem maioria foram crescendo antes da eleição, Di Maio passou a adotar nuances nessa postura, dizendo que estaria disposto a debater uma plataforma de políticas em comum com os outros partidos, mas não negociar cargos de governo.

Todas as principais siglas fizeram campanha prometendo cortar impostos, aumentar os gastos e elevar o déficit orçamentário em relação aos níveis combinados com a União Europeia, ao mesmo tempo também prometendo reduzir a dívida.

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