Por Dave Graham
NOVA YORK (Reuters) – O Peru rejeita uma solução militar para a crise da Venezuela, mas outras opções estão sendo discutidas para aumentar a pressão imposta ao governo do presidente Nicolás Maduro, incluindo a apresentação de uma queixa sobre direitos humanos, afirmou o presidente peruano, Martín Vizcarra, em entrevista.
A Venezuela, que tem sofrido um colapso econômico e uma emigração em massa sob o governo Maduro, deve ser um dos assuntos centrais da Assembleia Geral da ONU realizada em Nova York nesta semana.
Vizcarra disse que novas medidas econômicas e diplomáticas contra a Venezuela estão sendo consideradas, incluindo a apresentação de uma queixa de “direitos humanos”, mas que não há a possibilidade de ação militar.
“Como país, precisamos ser claros ao dizer que rejeitamos uma solução militar, como de guerra”, disse Vizcarra à Reuters em Nova York.
“O que precisamos fazer é encontrar um jeito de sancionar o regime sem afetar a população”, acrescentou.
Vizcarra não entrou em detalhes sobre a medida de direitos humanos, mas pouco depois o presidente da Colômbia, Ivan Duque, disse em evento, também em Nova York, que ele e outros chefes de Estado assinarão nesta semana uma declaração denunciando o governo Maduro ao Tribunal Penal Internacional, em Haia.
A Venezuela tem rejeitado as críticas ao governo Maduro como propagandas hostis e tentativas de abrir caminho para uma intervenção de potências estrangeiras no país.
(Reportagem adicional de Dan Bases e Michelle Nichols)