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Recuperação econômica tem sido consistente mas não impede variações, diz Ilan

SÃO PAULO (Reuters) – O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, avaliou nesta terça-feira que tem visto uma recuperação consistente da economia no Brasil, o que não impede que haja variações, embora a tendência se mantenha.

“Temos dito que núcleos da inflação têm andado baixos, mas com recuperação da economia essa inflação baixa vai andar em direção à meta”, afirmou Ilan durante evento em São Paulo.

Analistas têm se debruçado sobre o ritmo da recuperação após dados indicarem que o crescimento ainda não ganhou grande tração e segue irregular. A taxa de desemprego, por exemplo, avançou a 12,6 por cento nos três meses até fevereiro.

Segundo Ilan, esse processo de retomada está se dando de forma gradual. Ele também afirmou que a projeção do BC de crescimento de 2,6 por cento para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano, mais baixa que a do mercado, está calibrada.

Em relação à condução da política monetária, Ilan repetiu a mensagem de que o BC vê espaço para mais um estímulo adicional nos juros, cortando a Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio, para garantir a trajetória da inflação em direção às metas.

Depois disso, acredita haver necessidade de uma pausa no ciclo de afrouxamento para o BC avaliar os efeitos das defasagens da política monetária e tomar uma decisão sobre seus próximos passos.

“Olhando para frente, 2019, 2020, nós achamos que vamos precisar de um tempo para poder observar exatamente essas defasagens, ver se economia está recuperando, se inflação está voltando, se algum outro choque aparece, se algum risco deixa de ser risco e vira realidade”, disse.

“Então o que a gente chamou de interrupção ou pausa, e a gente falou que talvez precise de algumas reuniões para isso, é para lidar com essas incertezas”, completou ele.

Diante da sinalização que vem sendo claramente apontada pelo BC, a expectativa no mercado é de que haverá novo corte de 0,25 ponto na taxa básica no próximo mês, levando-a ao menor patamar histórico de 6,25 por cento, que deverá ser mantido até o fim de 2018.

Ilan defendeu que o BC precisa balancear suas ações para garantir que o cenário de inflação e juros baixos perdure por anos, mesmo com os riscos que o país enfrenta relacionados à continuidade dos ajustes e reformas na economia e eventual reversão do quadro externo benigno.

(Por Laís Martins)

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