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Refugiados palestinos enfurecidos com os EUA por suspensão de fundos para agência da ONU

Por Stephen Farrell

JERUSALÉM (Reuters) – Refugiados palestinos reagiram com consternação neste sábado a uma decisão dos Estados Unidos que suspende as remessas a uma agência da ONU, alertando que isso pode levar a mais pobreza, raiva e instabilidade no Oriente Médio. 

O anúncio dos Estados Unidos feito na sexta-feira de que não irá mais apoiar a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês) aprofundou uma crise financeira na agência, e aumentou as tensões com a liderança palestina. 

A agência de 68 anos disponibiliza serviços para cerca de 5 milhões de refugiados palestinos espalhados pela Jordânia, Líbano, Síria, Cisjordânia e Gaza. A maioria deles é descendente dos cerca de 700 mil palestinos que deixaram suas casas ou fugiram dos conflitos na guerra de 1948 que levou à criação de Israel.

Em Gaza, Nashat Abu El-Oun, um refugiado e pai de oito filhos disse: “A situação é ruim e vai piorar… As pessoas mal podem sobreviver nesses dias e se elas não conseguirem mais pagar o seu sustento, vão começar a considerar possibilidades fora da lei”. 

A porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Heather Nauert, disse na sexta-feira que o modelo de negócios da UNRWA e suas práticas fiscais eram um “fracasso irredimível” e que “a comunidade de beneficiários em expansão contínua e exponencial” era simplesmente insustentável. 

A UNRWA rejeitou as críticas, com o porta-voz Chris Gunness descrevendo o órgão como uma “força que garante a estabilidade regional”. 

Falando na Jordânia, onde mais de 2 milhões de refugiados palestinos registrados vivem, incluindo 370 mil em dez campos de refugiados, Gunness disse: “É uma decisão profundamente lamentável… algumas das pessoas mais vulneráveis e marginalizadas do planeta vão sofrer com isso”. 

Gunness disse que a UNRWA disponibiliza clínicas de saúde, escolas para 526 mil crianças refugiadas na Jordânia, Síria, Líbano, Gaza e na Cisjordânia, incluindo em Jerusalém oriental, e assistência alimentar para 1,7 milhões de pessoas, um milhão delas apenas em Gaza.

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