Por Sarah Dadouch e Ezgi Erkoyun
ISTAMBUL(Reuters) – A Turquia prometeu nesta segunda-feira que a luta contra o Estado Islâmico não seria reduzida pela retirada dos Estados Unidos da Síria, onde rebeldes apoiados por Ancara reforçavam suas posições ao redor da cidade de Manbij, potencial foco de conflito.
Ibrahim Kalin, porta-voz do presidente Tayyip Erdogan descartou preocupações de que a retirada exigida pelo presidente norte-americano Donald Trump permitiria que o Estado Islâmico recuperasse território.
“Como parte de uma coalizão global para derrotar o EI, gostaríamos de expressar novamente que não iremos permitir que tal coisa aconteça em solo sírio, solo iraquiano ou solo turco”, disse Kalin em coletiva de imprensa.
Ele acrescentou que não haveria interrupção ou desaceleração no combate contra o grupo militante.
Erdogan e Trump concordaram, em uma ligação telefônica no domingo, em estabelecer coordenação militar e diplomática para evitar que um vácuo no poder se desenvolva por conta da retirada dos Estados Unidos.
Um Comitê de autoridades militares dos EUA irá visitar a Turquia esta semana para discutir os detalhes da retirada com seus pares, disse Kalin, acrescentando que a Turquia também aumentará a coordenação com a Rússia na Síria.
A Rússia apoia o presidente sírio Bashar al-Assad, enquanto a Turquia tem apoiado os rebeldes que lutam contra ele. Os dois países chegaram a um acordo em setembro, para criar uma zona desmilitarizada na região de Idlib, último grande reduto rebelde.
(Reportagem adicional de David Morgan, Idrees Ali e Ali Kucukgocmen)