Peritos da Polícia Federal trabalham com a coleta de DNA para encontrar participantes de atos terroristas em Brasília
Além da depredação, terroristas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também urinaram e defecaram durante invasão aos prédios dos Três Poderes no domingo (8) em Brasília. Os atos escatológicos podem servir, no entanto, para ajudar na identificação dos vândalos.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, revelou em conversa com jornalistas que foram encontrados excrementos humanos depois que forças do governo retomaram o controle na capital federal.
“O pessoal [que testemunhou o ataque] disse que parecia um bando de pessoas com ódio, fora de si, um bando de zumbi”, afirmou. “Corriam pelos corredores, quebravam tudo, urinavam, defecavam nos corredores, dentro das salas”.
O material deve auxiliar no trabalho de peritos da Polícia Federal, que atuam para identificar os terroristas. Segundo informações da GloboNews, os peritos da Polícia Federal estão buscando vestígios de DNA para fazer o reconhecimento. Fluidos corporais e excrementos, como sangue, urina e fezes, podem conter conteúdo necessário para essa análise.
Em nota, a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) afirmou que a perícia criminal da Polícia Federal é “dotada dos recursos humanos e materiais necessários para a execução das análises científicas, além da constatação e quantificação dos danos perpetrados”. A associação ainda pediu apuração rigorosa, exigindo a realização de exames periciais para averiguar a autoria e a materialidade das infrações cometidas.
A Polícia Federal possui, desde 2010, o programa Combined DNA Index System (Codis), desenvolvido pelo FBI — a polícia nacional dos Estados Unidos. O sistema permite cruzamento de dados através da coleta de DNA para identificar suspeitos de crime e pode auxiliar nos trabalhos em Brasília.
A PF também examina câmeras de segurança da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, e as imagens feitas por drones da PF que sobrevoaram os prédios invadidos durante a onda de vandalismo. Peritos analisam ainda publicações nas redes sociais, onde houve convocação para os atos de vandalismo e também transmissões ao vivo das invasões.
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