O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) prevê receber nas próximas semanas quantidades menores da matéria-prima para sua vacina, o que afetará sua capacidade produtiva. A preocupação foi apresentada em uma reunião da Comissão de Enfrentamento à Covid-19 da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (20), por Marco Kriger, vice-presidente de Produção e Inovação da fundação.
“Vamos ter a repetição de situações como a que estamos vivendo, com pequenas interrupções entre a chegada do IFA e o nosso processamento”, disse Krieger. A Fiocruz interrompeu na quinta-feira (20) a produção de Bio-Manguinhos até a chegada e o descongelamento da próxima remessa de IFA, prevista para sábado (22). A retomada da fabricação da vacina ocorrer só na próxima terça-feira (25), o que vai impactar as entregas nas duas primeiras semanas de junho.
A Fiocruz mantém uma média semanal de mais de 4,8 milhões de doses para o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com a paralisação, a entrega prevista para período de 7 a 12 de junho deve cair para 2,8 milhões. Já para a semana seguinte, deve ficar em 4,5 milhões doses, estima Krieger.
A Fiocruz prevê entregar até 3 de julho 62 milhões das 100,4 milhões de doses previstas na primeira fase do PNI. Das 14 remessas de insumo contratadas ao laboratório chinês WuXi Biologics, oito já chegaram – além das duas previstas para sábado (22).