O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso (imagem abaixo), defendeu o voto eletrônico durante uma live com Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na noite quarta-feira (27).
Barroso explicou que a história do Brasil é repleta de fraudes eleitorais e que a urna eletrônica foi uma guinada para o fortalecimento da democracia. Ele explicou que o Congresso e a sociedade têm o direito de debater sobre o voto impresso, mas isso “é uma boa solução para um problema que não existe”.
A afirmação do presidente do TSE colide com a obsessão do presidente Jair Bolsonaro, que já afirmou que se perder para Lula (PT) no pleito de 2022, será por fraude eleitoral eletrônica. A presidente do Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Bia Kicis (PSL-DF), e a ala ideológica governista estão empenhados em implantar o retorno do voto impresso nas próximas eleições. Na Casa, tramita a PEC 135, que trata o tema como “voto auditável”. Foi foi assim que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), definiu a questão. Kicis alega que o voto eletrônico como feito hoje é realizado “por um software”. O tema promete ganhar cada vez mais relevância no Congresso.