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Weintraub deixa o MEC após 14 meses turbulentos

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou nesta quinta-feira (18) que deixará o cargo. Desgastado por seus 14 meses de gestão repleta de episódios que renderam ações judiciais por ofender e desqualificar ministros do STF – chamando-os de “vagabundos” e que mereceriam ir para a cadeia – e declarações de teor racista contra chineses – só para citar alguns casos -, sua saída era dada como certa e foi confirmada em vídeo e texto publicados em rede social.

Não há indicação de um sucessor, porém, em Brasília já se falou que a vaga é disputada pelo Centrão e pelo guru da extrema-direita Olavo de Carvalho, que teria indicado Carlos Francisco Nadalim, levado à Secretaria de Alfabetização pelo antecessor de Weintraub, Ricardo Vélez Rodriguez.

Pelo Twitter, o agora ex-ministro agradeceu o presidente Jair Bolsonaro, com quem sempre esteve alinhado. No vídeo anexado, Bolsonaro comenta: “É um momento difícil, todos os meus compromissos de campanha continuam de pé. Busco implementá-lo da melhor forma possível. A confiança você não compra, você adquire. Todos que estão nos ouvindo agora são maiores de idade, sabem o que o Brasil está passando. E o momento é de confiança. Jamais deixaremos de lutar por liberdade. Eu faço o que o povo quiser.”

Respeitado pela ala radical do bolsonarismo, Weintraub deve ser acomodado em algum cargo. Na quarta-feira (17), foi comentada a possibilidade dele ser indicado para um cargo no Banco Mundial, em Washington.

Em seu penúltimo ato na pasta, ele recebeu uma multa por ter participado de um evento público sem máscara, correndo o risco de contaminar e ser contaminado pelo coronavírus. Sua última ação ocorreu nesta quinta-feira, quando lançou uma portaria que extinguiu de uma vez as políticas de cotas nos cursos de pós-graduação da universidades federais – o que é contestado por parlamentares.

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