SÃO PAULO (Reuters) – O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira que vai prestar “todas as informações” que forem solicitadas pelo Ministério Público no inquérito em que é investigado por suspeita de improbidade administrativa por suposto caixa 2 eleitoral da Odebrecht, mas disse que não foi notificado sobre convocação para prestar depoimento no caso.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira, Alckmin foi convocado a depor pelo MP estadual de SP no inquérito que investiga suspeita de pagamento de 10,3 milhões de reais da Odebrecht em caixa 2 nas campanhas do tucano em 2010 e 2014 ao governo de São Paulo.
O depoimento, agendado para 15 de agosto, será o primeiro de Alckmin sobre as delações da Odebrecht no âmbito das investigações da operação Lava Jato, segundo o jornal.
“Eu não tive nenhuma informação sobre isso, mas prestarei todas as informações. Todas, todas, todas. Aliás, é dever de quem está na vida pública cotidianamente prestar contas dos seus atos”, disse Alckmin a repórteres quando indagado sobre a convocação para depor, após participar de evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham) em São Paulo.
Questionado se a investigação poderia atrapalhar sua campanha à Presidência, Alckmin rejeitou essa possibilidade: “Não, não”.
Segundo o Estadão, a investigação contra Alckmin está sob sigilo da Justiça.
(Reportagem de Eduardo Simões)