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Após reunião com Meirelles, líder do MDB no Senado defende decisão rápida sobre candidatura

BRASÍLIA (Reuters) – O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles reuniu-se nesta quarta-feira com a bancada do MDB no Senado para tentar vender sua candidatura ao Palácio do Planalto pela legenda, e a líder da bancada, Simone Tebet (MS), disse que é preciso ouvir outros postulantes e defendeu que a definição da candidatura seja feita no início do prazo legal, no final de julho.

Ao mesmo tempo, a líder da bancada emedebista exaltou Meirelles e fez a avaliação de que ele reúne “todas as características” para concorrer. Na saída do encontro, Simone Tebet afirmou que Meirelles demonstrou “claramente” disposição para concorrer e elogiou o fato de ele ter falado sobre outros assuntos que não a economia, área em que o ex-ministro fez carreira.

Mas a líder do MDB disse que o partido tem que escolher o nome para o Planalto no primeiro dia marcado para as convenções partidárias –dia 20 de julho. Ela defendeu candidatura própria ao Planalto.

“É uma eleição atípica, onde qualquer candidato com 12 por cento das intenções de voto já está no segundo turno com o outro candidato”, disse, ao considerar que o maior partido do país não pode se eximir de participar do processo eleitoral.

A líder do MDB disse considerar que o apoio da bancada ao nome de Meirelles aumentou após o encontro, mas avaliou que é preciso ouvir os dirigentes regionais da legenda para saber a posição deles sobre o tema.

O encontro de 2 horas não contou com a presença de dois importantes quadros do partido no Senado, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (CE), e o senador Renan Calheiros (AL).

Meirelles disse também ter considerado a reunião muito boa, importante e produtiva e disse ter sentido um entusiasmo muito grande na bancada.

Com baixa intenção de voto nas pesquisas –não passa de 1 por cento em sondagem do Datafolha do mês passado–, Meirelles afirmou ainda que o potencial de crescimento de sua candidatura é “impressionante” e “enorme”. Isso porque, de acordo com o ex-ministro, ele é pouco conhecido e, entre os que o conhecem, seu percentual de voto é “muito alto”.

(Reportagem de Ricardo Brito)

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