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Collor diz que pode ser novamente candidato a presidente

(Reuters) – O senador Fernando Collor (PTC-AL), que foi presidente da República entre 1990 e 1992, disse nesta sexta-feira que pode ser novamente candidato à Presidência para preencher o que chamou de “vazio” no centro do espectro político do país.

Em entrevista à rádio 96 FM, de Arapiraca, no interior de Alagoas, Collor disse, entretanto, que a candidatura é uma possibilidade que precisará ser ou não confirmada no futuro.

“Eu acho que o centro democrático desse país está sem candidaturas que possam representar esse sentimento e essa vontade da população brasileira de ter um candidato à Presidência da República que não esteja nos extremos^, disse quando indagado sobre a possibilidade de ser novamente candidato.

“Esse centro está muito vazio e eu acredito que, por que não poder postular em nome do Partido Trabalhista Cristão uma candidatura à Presidência da República?”, disse.

“É uma possibilidade. Naturalmente que o futuro irá confirmar, ou não, essa disposição já, como eu disse em outras oportunidades, que uma candidatura à Presidência da República, e a eleição de um presidente da República, é muito mais obra do destino do que propriamente do desejo da pessoa.”

Collor foi eleito presidente em 1989, na primeira eleição presidencial direta desde 1960, mas sofreu um processo de impeachment em 1992 que o tirou do cargo em meio a um escândalo de corrupção envolvendo o tesoureiro de sua campanha, Paulo César Farias, morto anos depois.

Posteriormente, Collor foi absolvido em processos no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirma ter sido injustiçado no processo de impeachment.

O senador, que também já foi governador de Alagoas, é réu no STF em uma ação penal ligada à operação Lava Jato, acusado dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Collor afirmou que, como ocorreu no passado, terá a oportunidade de provar sua inocência.

O anúncio de Collor de que está disposto a ser novamente candidato à Presidência coloca mais um nome em uma ampla lista de potenciais candidatos ao Palácio do Planalto na eleição deste ano, casos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) –que deve se filiar ao PSL para se candidatar–, do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), da ex-ministra Marina Silva (Rede) e do senador Álvaro Dias (Podemos-PR).

Entre outros nomes ventilados como possíveis candidatos, estão o do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do apresentador Luciano Huck, do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, e do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).

(Por Eduardo Simões, em São Paulo)

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