(Reuters) – A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou ter solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja concedido benefício de prisão domiciliar ao petista, preso desde o início de abril, após ter sido condenado em segunda instância no processo do tríplex do Guarujá (SP).
A 2ª Turma do STF incluiu na pauta do colegiado da próxima terça-feira, dia 26 de junho, um novo pedido de liberdade do ex-presidente. Na prática, se obtiver sucesso no julgamento, Lula poderá permanecer em liberdade até o julgamento do mérito pelo STF do processo a que foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no processo do tríplex.
Segundo nota em coluna do jornal O Estado de S. Paulo, ministros do Supremo não descartam a hipótese de uma solução “meio termo” no julgamento, que seria uma prisão domiciliar.
A defesa de Lula, no entanto, negou ter feito qualquer pedido nesse sentido.
“A defesa de Lula não apresentou ao STF ou a qualquer outro tribunal pedido de prisão domiciliar”, disse o advogado Cristiano Zanin Martins, da defesa de Lula, em nota divulgada na noite de quinta-feira.
“O ex-presidente Lula está pedindo nos recursos dirigidos aos Tribunais Superiores o restabelecimento de sua liberdade plena porque ele jamais praticou qualquer ato ilícito. A condenação imposta ao ex-presidente pelo juiz Sérgio Moro e pelo TRF4 afronta a Constituição Federal e a lei.”
Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de outubro, mas deve ficar impedido de concorrer devido à Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis condenados por órgãos colegiados do Judiciário.