Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) – A senadora Kátia Abreu, do PDT do Tocantins, aceitou ser a candidata a vice na chapa do candidato do partido à Presidência, Ciro Gomes, afirmou a assessoria de imprensa da parlamentar neste domingo à Reuters.
Kátia Abreu tinha sido convidada para o cargo por Ciro e pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, na quinta-feira no Rio de Janeiro, segundo a assessoria, em acerto que estaria condicionado ao fechamento das coligações para a disputa ao Palácio do Planalto.
O candidato do PDT fez uma ofensiva nos últimos dias para tentar convencer o PSB a fechar uma aliança com ele, oferecendo a vaga de vice aos socialistas.
Mas o PSB, após uma articulação comandada da prisão pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu não apoiar no primeiro turno nenhum candidato à sucessão presidencial. Neste domingo, a convenção nacional do partido decidiu optar pela neutralidade na corrida ao Planalto.
Diante da decisão do PSB, o PDT decidiu fechar uma chapa de candidato e vice “puro sangue”. Kátia Abreu é ex-ministra da Agricultura do governo Dilma Rousseff. Ela também já presidiu a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e recentemente terminou em terceiro lugar a eleição suplementar para o governo do Tocantins.
A assessoria de imprensa da senadora disse que, antes da decisão de ser vice, ela não pretendia concorrer a cargo eletivo na eleição de outubro. Antes de se filiar ao PDT, ela era do MDB, partido do qual foi expulsa após ter feito críticas que desagradaram ao governo do presidente Michel Temer.
Até o momento, Ciro só fechou coligação com o nanico Avante.
Antes, o candidato do PDT tentou fechar uma coligação com os partidos do chamado blocão — formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade — e oferecer a vaga de vice ao empresário Josué Gomes, do PR. Contudo, esse grupo decidiu apoiar a candidatura do ex-governador de São Paulo e presidente do PSDB, Geraldo Alckmin.