Por Ezgi Erkoyun
ISTAMBUL (Reuters) – O presidente turco, Tayyip Erdogan, iniciou de modo não oficial sua campanha de reeleição neste sábado, prometendo derrotar a oposição secular nas “históricas” eleições antecipadas que ele convocou para junho.
Ainda sem declarar formalmente sua candidatura, Erdogan realizou o que foi efetivamente seu primeiro comício de campanha na cidade costeira de Izmir, reduto do partido de oposição secular CHP.
Ele prometeu vitória nas urnas presidenciais e parlamentares a centenas de apoiadores que tremulavam bandeiras e chamou o líder do CHP, Kemal Kilicdaroglu, de ditador.
“Eu acredito que faremos história em 24 de junho com recordes de votação tanto nas eleições parlamentares quanto presidenciais”, disse Erdogan.
Caso Erdogan vença –o que parece provável uma vez que o Partido AK formou uma aliança eleitoral com o partido de oposição nacional MHP– ele reassumirá a Presidência com novos poderes executivos abrangentes que foram aprovados por pequena margem em um referendo no ano passado.
Impaciente para obter estes novos poderes, Erdogan convocou na semana passada eleições mais de um ano antes do previsto, justificando que a Turquia precisa de uma Presidência mais poderosa para enfrentar os desafios econômicos e a guerra na Síria.
A eleição será conduzida sob o estado de emergência, imposto após o golpe fracassado de 2016. O comitê de monitoramento do conselho europeu parlamentar afirmou que isso poderia comprometer a legitimidade das eleições.
Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa de mais de 50 por cento dos votos. Pesquisas indicam que um segundo turno é provável e acontecerá em 8 de julho caso necessário.