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Maia defende candidatura de centro alternativa ao PSDB para impedir vitória da esquerda

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta sexta-feira que o seu campo político defina uma candidatura ao Palácio do Planalto alternativa à do PSDB para barrar a volta da esquerda ao poder, e disse que seu nome pode ser uma opção.

Maia, que deve ter seu nome lançado pelo DEM na semana que vem para a disputa pelo Planalto, argumentou que uma candidatura do PSDB teria poucas chances de vencer um segundo turno, abrindo espaço para que candidatos como Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) ou um representante do PT ganhem a disputa.

“Se nós não quisermos que o populismo volte para o Brasil, que aqueles que prometem e não cumprem e quebraram o Brasil… voltem a governar o Brasil, a gente tem que construir uma outra alternativa”, disse o deputado a jornalistas em Barra Mansa, no Rio de Janeiro.

“Se a gente não construir uma candidatura no campo do centro que não seja do PSDB nós vamos entregar essa eleição ou para o PT ou para a Marina ou paro o Ciro”, acrescentou.

“Não necessariamente a minha, mas acho que meu nome tem apoio de alguns partidos importantes e pode ser uma construção que dê as chances de a gente disputar o segundo turno e não fique lamentando que mais uma vez o populismo venceu a eleição.”

Segundo Maia, as declarações de seu pai, o vereador Cesar Maia, contra uma eventual candidatura sua ao Palácio do Planalto refletem uma “preocupação de pai” com um “movimento que ainda não foi decidido”.

“Mas se o nosso campo não criar uma alternativa ao PSDB no mesmo campo, com todo o respeito que eu tenho ao governador Geraldo Alckmin (SP), nós vamos basicamente deixar o campo aberto para que o Ciro Gomes ou a Marina vençam as eleições”, reafirmou.

No próximo dia 8, o DEM realiza convenção para eleger seus diretórios e deve lançar a pré-candidatura presidencial do deputado. O partido, no entanto, não vai oficializar nenhuma candidatura, já que a lei eleitoral prevê um período específico para isso, entre 20 de julho e 5 de agosto.

Em evento ao lado de Maia no mês passado, o ministro da Educação, Mendonça Filho, também do DEM, afirmou que o partido defende a candidatura do deputado ao Planalto.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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