BRASÍLIA (Reuters) – O presidente nacional do MDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), afirmou nesta sexta-feira que seu partido já discute seu posicionamento eleitoral e se terá ou não candidatura própria à Presidência da República na eleição de outubro.
Jucá reconhece que há vários pré-candidatos em partidos que compõem a base do governo, que serão levados em conta para a tomada de decisão do partido do presidente Michel Temer. Segundo o senador, dados mais positivos da economia também serão considerados nesse posicionamento.
“Portanto, nesse quadro da economia, o MDB discute efetivamente se lançará ou não candidato a presidente da República e como os outros partidos do grupo que formam a base do governo irão discutir essas candidaturas também”, disse o presidente do MDB em vídeo divulgado nas redes sociais do partido.
“Existem vários partidos com pré-candidatos, o MDB avalia todo esse quadro”, reconhece.
“Mas nós temos a certeza que nos unindo, que trabalhando com seriedade, levando corretamente a mensagem que é a mensagem de recuperação do Brasil, nós teremos condição de enfrentar de cabeça erguida essa eleição.”
Integrantes do governo manifestaram o desejo de a base ter um candidato único ao Planalto. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, manifestou publicamente essa vontade, a de ter um candidato único que defendesse o que chamou de legado de Michel Temer.
“O tempo vai dizer como serão as candidaturas. Os pré-candidatos da base hoje são Henrique Meirelles e Rodrigo Maia. Estamos esperando a reação”, afirmou Padilha na quinta, referindo-se às pesquisas em que ambos aparecem com resultados entre 1 e 2 por cento das intenções de voto.
O MDB, no entanto, não desistiu de ter um candidato próprio, se nenhum dos dois decolar. O partido chegou a fazer uma lista de 10 nomes, incluindo os governadores do partido, como possíveis candidatos. O mais forte nesse momento seria Paulo Hartung, do Espírito Santo. No entanto, Padilha garante que não há uma definição.
No mesmo dia mais cedo, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, também defendeu uma candidatura única da base, mas admitiu a possibilidade de se apoiar alguém de fora, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB.
“Eu defendo uma posição única do grupo, que pode ser uma candidatura do grupo ou pode ser o apoio a uma candidatura que, mesmo não sendo desse grupo que hoje compõe a base do governo, defenda propostas semelhantes ou iguais a que nós temos”, disse Marun. “Nesse momento a que se posiciona com essas características é a do governador Geraldo Alckmin.”
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)