SÃO PAULO (Reuters) – O pré-candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles, voltou a elogiar o legado do governo do presidente Michel Temer, do qual foi ministro da Fazenda, mas evitou defender o presidente em si.
Questionado sobre se avalia a necessidade de se afastar politicamente de Temer para que sua candidatura “decole”, Meirelles disse que existem duas questões distintas e as pessoas costumam misturar ambas.
“Eu fui ministro da Fazenda, defendo e cito o que foi feito, defendo a recuperação da economia brasileira, todas as reformas que são feitas e todas que estão em andamento”, explicou Meirelles a jornalistas após evento em São Paulo onde citou conquistas como a Lei da Governança das Estatais, a reforma trabalhista, a reforma do Ensino Médio, entre outras.
“A defesa jurídica, ele (Temer) é um jurista consagrado, capaz, tem advogados super competentes, não é a minha área, mas ele está apresentando as suas defesas e isto é uma outra questão”, afirmou o ex-ministro.
CONVENÇÃO DO MDB
Para disputar a eleição à Presidência, Meirelles precisará superar um outro desafio dentro de seu próprio partido: a confirmação da candidatura na convenção.
O ex-ministro procurou mostrar otimismo quanto a isso. Segundo ele, a maioria dos emedebistas defende a ideia de uma candidatura própria do MDB à Presidência e que ele seja esse candidato.
“A única dúvida que temos é o tamanho da vitória, nós queremos ter uma vitória consagradora (na convenção), uma vitória em que haja uma grande união do partido. Que ganharemos a convenção não tenho dúvidas”, disse Meirelles.
Ao ser perguntado sobre a posição do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que declarou apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em vídeo, e que afirma que Meirelles não será homologado pelo MDB, o ex-ministro disse respeitar a opinião, mas que isso não mudará o resultado da convenção.
“É uma opinião dele, é uma opinião legítima, mas ele está errado. Teremos uma grande vitória na convenção e eu já tenho evidências concretas disso do país inteiro”, disse.
(Reportagem de Laís Martins)