BRASÍLIA (Reuters) – A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, manifestou-se a favor do pedido da Polícia Federal de prorrogar por 60 dias o inquérito que investiga o presidente Michel Temer por suposto repasse de propina da Odebrecht para o MDB para as eleições de 2014, informou à Reuters uma fonte com conhecimento direto do caso.
Caberá ao ministro Edson Fachin, relator do inquérito no Supremo, decidir se aceita o pedido.
A investigação envolve a suspeita de crime numa contribuição de 10 milhões de reais para o então PMDB, que teria sido formalizada em um jantar no Palácio do Jaburu, com a presença de Temer, do empresário Marcelo Odebrecht e dos hoje ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República) em 2014.
O presidente entrou para o rol de investigados desse inquérito em março, após Fachin ter aceitado pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para inclui-lo. Inicialmente, o inquérito investigava apenas Padilha e Moreira.
(Reportagem de Ricardo Brito)