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Rosso diz que governo não tem votos e será derrotado se não adiar reforma da Previdência

BRASÍLIA (Reuters) – O vice-líder do governo na Câmara Rogério Rosso (PSD-DF) defendeu nesta quinta-feira, em reunião com o presidente Michel Temer, o adiamento da votação da reforma da Previdência, prevista para a semana do dia 19 deste mês, sob o risco de o governo sofrer uma derrota.

O vice-líder afirmou que do jeito que está, o texto não passa e que mesmo com flexibilizações, o resultado em termos de votos favoráveis pode ser insuficiente.

“Disse ao presidente (Temer) que a Câmara dos Deputados em nenhuma hipótese vai chegar a 308 votos com esse texto”, disse a jornalistas.

“Se colocar para votar, o governo vai ser derrotado”, avaliou.

Rosso disse ter levado ao presidente demandas de diversas categorias de servidores públicos, que defendem inicialmente uma regra de transição para aqueles que ingressaram no serviço público antes de 2003.

Para o deputado, mesmo com algumas flexibilizações, o texto corre o risco de não ser aprovado, razão pela qual defendeu enfaticamente o adiamento da votação. Segundo ele, a insistência do governo em votar a proposta tem trazido “tensão” ao país.

“A tensão já existe, já é existente desde o ano passado. Um adiamento da votação da reforma, na minha opinião, distensiona”, defendeu.

“A (reforma da) Previdência está cada vez mais longe do que perto de ser aprovada”, avaliou.

O vice-líder credita a resistência ao adiamento e a mudanças no texto a auxiliares do presidente, que, segundo ele, está “obstinado” em aprovar a medida, mas não quer “desperdiçá-la” com uma derrota.

Pouco antes de Rosso, outro governista avaliava reservadamente que a reforma não tem chances de ser aprovada neste mês.

Mais cedo, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu que a reforma ainda não conta com os votos necessários.

Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição, a medida precisa do voto favorável de no mínimo 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação. Uma vez aprovada pela Câmara, a proposta ainda precisa tramitar no Senado.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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