WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que acredita que a Rússia trabalhará duro para fazer as eleições parlamentares de novembro penderem para os democratas, e não seus colegas republicanos, mas não apresentou provas para apoiar sua colocação.
Agências de inteligência dos EUA concluíram que a Rússia interferiu na eleição de 2016 com uma campanha de propaganda e invasões cibernéticas para desacreditar a adversária democrata de Trump, Hillary Clinton, e ajudar a candidatura de Trump, e que agora Moscou está visando as eleições do Congresso no dia 6 de novembro.
“Estou muito receoso de que a Rússia trabalhará muito duro para causar impacto na próxima eleição. Com base no fato de que nenhum presidente foi mais duro com a Rússia do que eu, eles se esforçarão muito pelos democratas. Eles certamente não querem Trump!”, tuitou o líder republicano.
O próprio presidente russo, Vladimir Putin, admitiu que queria que Trump vencesse a corrida presidencial de 2016 em uma coletiva de imprensa com Trump após a cúpula de 16 de julho em Helsinque, mas negou ter se intrometido na eleição.
A atuação de Trump na cúpula provocou reações ferozes nos EUA porque ele evitou culpar o líder russo pela interferência eleitoral. Críticos acusaram Trump de se alinhar à Rússia à custa de seu próprio país com tal omissão.
Os democratas querem obter o controle da Câmara dos Deputados e do Senado nas eleições de novembro. A conquista de uma ou de ambas as casas pode permitir aos democratas frustrar ou adiar grande parte da agenda política de Trump e ser mais agressivos na supervisão congressional e na investigação de sua gestão.
(Por Doina Chiacu e Susan Heavey)