BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Michel Temer afirmou, nesta sexta-feira, que substituirá por nomes técnicos os ministros que deixarão o governo em abril para serem candidatos nas próximas eleições.
“Eu farei a opção por um ministério mais técnico”, disse Temer em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco. Ainda assim, o presidente seguiu defendendo o atual ministério, eminentemente político, alegando que teve ótimos resultados.
Temer terá que substituir cerca de 13 ministros em abril. Até agora, no entanto, auxiliares do presidente insistiam que o governo continuaria reservando os ministérios para os partidos da base.
A nomeação de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho, por exemplo –ainda suspensa pela Justiça– foi por indicação de seu pai, Roberto Jefferson, presidente do PTB. O Ministério da Indústria, Comércio e Serviços espera uma indicação do PRB.
Temer também reiterou na entrevista a importância da aprovação da reforma da Previdência, dizendo que seria um “fechamento” para a agenda reformista de seu governo.
“A reforma da Previdência não é para o meu governo, que tem mais alguns meses. Eu aguento a Previdência. O que não vai aguentar são os próximos anos”, afirmou.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)