WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, estava a caminho de Pyongyang para preparar a cúpula entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e que seria uma “ótima coisa” se os três presos norte-americanos também fossem liberados.
Trump disse que Pompeo, que visita a Coreia do Norte pela segunda vez em menos de seis semanas, deveria chegar “muito em breve” e que os dois países já concordaram sobre uma data e local para o encontro inédito.
“Neste exato momento, o secretário Pompeo está a caminho da Coreia do Norte em preparação para a minha reunião com Kim Jong Un”, disse Trump durante comentários que estavam também focados em sua decisão de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã de 2015.
“Planos estão sendo feitos, relacionamentos sendo construídos”, disse Trump. “Com sorte, um acordo acontecerá. E com a ajuda da China, Coreia do Sul e Japão, um futuro de grande prosperidade e segurança poderá ser alcançado para todos.”
Pompeo fez uma visita secreta à Coreia do Norte no fim de semana da Páscoa, tornando-se a primeira autoridade dos EUA a reconhecidamente se reunir com Kim, para preparar o território para o encontro. A reunião ocorreu antes que a nomeação de Pompeo como secretário de Estado fosse confirmada.
Questionado se os três norte-americanos detidos na Coreia do Norte seriam soltos, Trump disse a repórteres: “Todos descobriremos em breve. Logo saberemos. Seria ótimo se eles fossem.”
A visita de Pompeo aumentou as perspectivas de que os três presos coreano-americanos –Kim Hak-song, Tony Kim e Kim Dong-chul– fossem liberados a ele.
Sua soltura poderia sinalizar um esforço de Kim para estabelecer um tom mais positivo para o encontro após sua recente promessa de suspender testes de mísseis e fechar o local de testes nucleares de Pyongyang.
Enquanto Kim poderia abrir mão dos últimos de seus presos norte-americanos, que a Coreia do Norte tem frequentemente usado no passado como moedas de barganha com os EUA, sua libertação também poderia estar direcionada para pressionar Trump a fazer suas próprias concessões em sua tentativa de fazer Pyongyang abandonar seu arsenal nuclear.
(Reportagem de Matt Spetalnick, David Brunnstrom e David Alexander)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765)) REUTERS TR ES AC