Por Roberta Rampton e David Brunnstrom
BASE DE ANDREWS, Maryland/WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu três ex-prisioneiros norte-americanos em uma base militar próxima de Washington nesta quinta-feira, agradecendo o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, por sua libertação e demonstrando otimismo com uma cúpula em planejamento entre os dois lados.
Os prisioneiros, libertos depois que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, viajou à capital norte-coreana, pousaram na Base Conjunta de Andrews, nos arredores de Washington, onde uma enorme bandeira norte-americana foi suspensa entre as escadas de dois caminhões de bombeiros estacionados no extremo da pista de taxiamento.
Trump e sua mulher, Melania, estiveram no avião durante cerca de cinco minutos antes de os três homens saírem, trocando apertos de mão com o presidente e acenando para repórteres que os esperavam e para militares.
“Francamente não achávamos que aconteceria, e aconteceu”, disse Trump depois de agradecer Kim pela soltura dos compatriotas. “Estamos começando em novos termos. É maravilhoso que ele tenha soltado os rapazes logo”.
Trump disse acreditar que Kim quer levar a Coreia do Norte “para o mundo real” e tem esperança em um grande avanço na planejada reunião.
“Acho que temos uma chance muito boa de fazer algo muito significativo”, disse. “A conquista de que mais me orgulharei será –isto é uma parte– quando desnuclearizarmos a península inteira”.
Trump e Kim se envolveram em uma troca de insultos no ano passado devido ao desenvolvimento norte-coreano de mísseis capazes de atingir os EUA, um desafio a resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). As tensões começaram a diminuir em fevereiro, coincidindo com a participação norte-coreana na Olimpíada de Inverno da Coreia do Sul.
Os detalhes da cúpula em planejamento ainda serão anunciados, mas uma autoridade dos EUA disse que Cingapura se tornou o local mais provável para o encontro entre Trump e Kim. Trump afirmou que a reunião ocorrerá dentro de algumas semanas.
Segundo a Casa Branca, os três ex-prisioneiros seriam levados ao Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, em Maryland, para uma avaliação médica adicional.
Os três são o missionário coreano-norte-americano Kim Dong-chul, Kim Sang-duk, também conhecido como Tony Kim, que passou um mês dando aulas na Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang, que recebe fundos do exterior, antes de ser preso em 2017, e Kim Hak-song, que deu aulas na mesma instituição.
A mídia estatal norte-coreana disse que eles foram detidos ou por subversão ou por cometerem “atos hostis” contra o governo.
(Reportagem adicional de Steve Holland, em Washington; Haejin Choi e Christine Kim, em Seul)