Por Colin Packham
SYDNEY (Reuters) – O vice-premiê da Austrália, Barnaby Joyce, anunciou nesta sexta-feira a renúncia como líder de seu partido após semanas de pressão por ter tido um relacionamento com uma funcionária, em um caso que o deixou em amplo conflito com o primeiro-ministro Malcolm Turnbull, e depois do surgimento de nova alegação de assédio sexual.
O vice-premiê disse que irá renunciar na segunda-feira como líder do Partido Nacional, legenda aliada da coalizão de centro-direita do primeiro-ministro Turnbull, após resistir a pedidos anteriores para deixar o cargo por ter tido um caso com sua ex-secretária de imprensa, que está grávida dele.
Joyce permanecerá como membro do Parlamento, protegendo a instável maioria de apenas um assento de Turnbull.
A decisão do vice-premiê foi tomada após uma rixa com Turnbull, que está nos Estados Unidos para uma reunião com o presidente Donald Trump, mas se recusou a deixá-lo no comando do governo enquanto está fora do país.
Na semana passada, Turnbull chamou o caso de Joyce de um “chocante erro de julgamento”, ao que o vice respondeu chamando o primeiro-ministro de “incapacitado”.
Joyce, uma católico, é casado há 24 anos e fez sua campanha com base em valores familiares. Ele disse que decidiu renunciar depois que novas alegações de assédio sexual surgiram nesta sexta-feira. Ele negou ter cometido qualquer transgressão, mas reconheceu que a alegação havia acelerado sua decisão.