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Alívio do estresse; máscara para apneia; armadilha contra dengue

Boletim de MR sobre medicina, inovação, saúde mental, negócios e políticas públicas

Uma “sala de fúria” para aliviar o estresse

Uma “sala de fúria” vem atraindo jovens de Lagos, na Nigéria, com a promessa de aliviar o estresse. Trata-se de um espaço onde as pessoas podem se libertar de emoções difíceis de lidar de uma maneira simples: quebrando todos os objetos disponíveis. A criação é do médico James Banjoko, que criou o experimento em 2022 como uma válvula de escape contra raiva acumulada. O médico lembra que essa não é a alternativa para uma terapia adequada. Mas, por menos de US$ 10 por sessão, quebrar coisas pode ser uma opção para quem precisa esfriar a cabeça.

Interromper sono pode causar sensação de velhice

Duas noites de sono interrompido são suficientes para fazer as pessoas se sentirem anos mais velhas, de acordo com os pesquisadores, que disseram que um sono consistente e reparador é um fator chave para ajudar a evitar a verdadeira idade. Psicólogos na Suécia descobriram que, em média, os voluntários sentiam-se mais de quatro anos mais velhos quando eram limitados a apenas quatro horas de sono durante duas noites consecutivas, com alguns alegando que a sonolência os fazia sentir décadas mais velhos.

Máscara da USP pode ajudar pacientes com apneia

Uma nova máscara para pacientes com apneia do sono está sendo desenvolvida por uma equipe de pesquisadores do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), constituído pela FAPESP e pela Shell e sediado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). A equipe utilizou a mesma tecnologia de um projeto sobre turbinas a gás para evitar os “engasgos com ar” que ocorrem no tratamento com o Continuous Positive Airway Pressure (CPAP). O novo modelo conta com uma divisória entre as cavidades nasais e bucais – o que mantém diferentes pressões do ar no nariz e na boca. A válvula e os filamentos foram criados com impressão 3D e instalados em uma placa feita de plástico e revestida de acolchoado de silicone.

O que MONEY REPORT publicou:

Brasil ainda derrapa no cuidado à saúde bucal

Entre 2013 a 2019, somente 53% dos brasileiros utilizaram fio dental, escova de dente e creme dental, enquanto 89% realizaram a limpeza menos de duas vezes ao dia. A falta de cuidado com a saúde bucal foi analisada pela Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O descuido traz impactos diretos à saúde geral do ser humano, como a gengivite ou a cárie, por exemplo, que podem facilitar o surgimento de doenças como a diabetes tipo 2 e até mesmo doenças cardiovasculares. De acordo com um levantamento do Instituto do Coração, 45% das doenças cardíacas estão associadas a infecções bucais.

Estudo mostra como células respondem à covid

O vírus da covid tem estratégias diversas para infectar células de diferentes regiões do corpo humano. Uma pesquisa da Unicamp e instituições parceiras traz novas respostas sobre como esse vírus age e mostra que ele modifica proteínas, alterando desde a estrutura das células até processos biológicos particulares como a produção de energia. Publicados na revista Scientific Reports, os achados avançam a pesquisa na área e podem servir para formular novos medicamentos e tratamentos para a doença. Os pesquisadores mapearam o conjunto total de proteínas de diferentes células, com o uso de uma ferramenta chamada proteômica. Ao todo, foram mapeadas mais de 3 mil proteínas de nove diferentes tipos celulares infectados pelo vírus, incluindo células do cérebro, do sangue, do sistema digestivo e do tecido adiposo, que armazena gorduras.

Mortalidade infantil por causas evitáveis tem menor taxa em 28 anos

O Brasil reduziu em 51,5% o volume de mortes de crianças com até 5 anos de idade entre 2000 e 2022. Os dados são do Observatório da Atenção Primária à Saúde. Em 2000, a quantidade de mortes até os 5 anos foi de 79.473 para 3.053.553 nascidos vivos. Em 2022, o número de mortos foi de 38.540 para 2.561.922 nascidos vivos. A taxa de mortalidade a cada mil nascidos vivos também caiu, passando de 26 para 15, na mesma base de comparação.

Apesar da queda, há taxas menores nos anos anteriores. Ainda com base no Observatório da Atenção Primária à Saúde, em 2020, a taxa ficou em 13,2 por mil nascidos vivos e, no ano seguinte, em 13,8 em 2021.

Armadilha promete combater o mosquito da dengue

Cientistas brasileiros desenvolveram uma ferramenta simples e de baixo custo que pode fazer toda a diferença no controle de pernilongos e do Aedes aegypti, o mosquito que transmite dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. Batizado de MataAedes, o produto desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense não é prejudicial ao meio ambiente, como explica Adriano Rodrigues de Paula, um dos autores da pesquisa. “Não é tóxico para o meio ambiente e para os animais. A armadilha é fácil de usar. Depois aberta, pode ser colocada em cima de um móvel e já estará matando os mosquitos adultos. A armadilha funciona por 30 dias, durante dia e noite, matando os mosquitos. E depois precisa ser trocada, mas é descartável e 100% biodegradável e, então, apresenta vantagens promissoras em relação aos produtos no mercado atualmente. Desenvolvido à base de um fungo, o mecanismo atrai e mata mosquitos em até 48 horas, de acordo com o pesquisador.

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