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Brasil x dengue; câncer em alta; Ozempic falsificado

Boletim de MR sobre medicina, inovação, saúde mental, negócios e políticas públicas
Um tira dúvidas sobre a vacinação

Na próxima semana começa a distribuição da vacina contra a dengue na rede pública de 521 municípios onde a doença é endêmica. Confira algumas das principais perguntas e respostas sobre a vacinação com a Qdenga no país:

  • Quando começa a vacinação contra a dengue no SUS?
    A organização das campanhas nas 521 cidades, com datas, horários e pontos de vacinação, ficará a cargo dos governos estaduais e municipais. Será preciso conferir o cronograma com as prefeituras e as secretarias estaduais e municipais de saúde.
  • Quem pode tomar a vacina pelo SUS?
    Apesar de a bula da Qdenga indicar o imunizante para pessoas entre 4 e 60 anos, o público-alvo, neste primeiro momento são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos. A decisão foi tomada em razão da quantidade limitada de doses a serem fornecidas pelo laboratório fabricante.
  • Não estou entre o público prioritário. Como faço?
    Quem está fora da faixa etária classificada como prioritária deve procurar a vacina na rede particular. Neste caso, é preciso ficar atento. Há dois imunizantes distintos no mercado: a Qdenga e a Dengvaxia, da Sanofi. A segunda opção, entretanto, é indicada para a faixa etária de 6 a 45 anos que já foram infectadas pela dengue.
  • Qual o preço da vacina no particular?
    Os valores, atualmente, giram em torno de R$ 400 cada dose, sendo que o combo com duas doses (esquema completo) sai mais em conta.
  • Gestantes e lactantes podem tomar a vacina?
    A Qdenga é contraindicada para gestantes e lactantes e, portanto, não pode ser administrada nem na rede pública, nem na privada. A dose também não é indicada para pessoas com imunodeficiências primárias ou adquiridas e indivíduos que tiveram reação de hipersensibilidade à dose anterior. Mulheres em idade fértil e que pretendem engravidar devem usar métodos contraceptivos por um período de 30 dias após a vacinação.
  • Porque a vacina não é indicada para pessoas com mais de 60 anos?
    Faltam estudos clínicos para este público. Apesar disso, a Agência Europeia de Medicamentos aprovou o uso de Qdenga a partir dos 4 anos sem limite de idade.
  • A Qdenga também protege contra o zika, chikungunya e febre amarela?
    Não. Mas vale lembrar que para a febre amarela estão disponíveis duas vacinas: uma produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utilizada pela rede pública, e outra produzida pela Sanofi, utilizada pelos serviços privados de imunização e, eventualmente, pela rede pública.
  • Quantas doses e com que intervalo deve ser aplicada a vacina?
    O esquema completo da Qdenga é de duas doses por via subcutânea com intervalo de 3 meses.
  • E quem já teve dengue?
    Quem já teve a doença também deve tomar a dose por causa da melhor resposta imune e também por integrar uma população classificada como de maior risco para dengue grave. Quem apresentou a infecção recentemente, a orientação é aguardar 6 meses. Já quem for diagnosticado com a doença no intervalo entre as duas doses deve manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas.
  • Qual a eficácia?
    A Qdenga demonstrou ser eficaz contra a dengue tipo 1 em 69,8% dos casos; contra a dengue tipo 2, em 95,1%; e contra a dengue tipo 3, em 48,9%. Já a eficácia contra a dengue tipo 4 não pôde ser avaliada devido ao número insuficiente de casos durante o estudo. Também houve eficácia contra hospitalizações por dengue, com proteção geral de 84,1% e estimativas semelhantes entre soropositivos (85,9%) e soronegativos (79,3%).
  • E a vacina do Butantan?
    A previsão é que o instituto entre com o pedido de registro junto à Anvisa ainda este ano. Assim como a Qdenga, o novo imunizante será tetravalente, protegendo contra os quatro subtipos do vírus, mas conta com um diferencial: será administrado em dose única, contra as duas doses da Qdenga.

Mortes por câncer aumentarão 98% até 2050

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) divulgou nesta quinta-feira (1º) que o Brasil poderá registrar cerca de 554 mil mortes por câncer em 2050, um aumento de 98,6% em relação aos 279 mil casos de 2022. A projeção para 2050 é que o mundo tenha 35 milhões de novos casos de câncer, um aumento de 77%. De acordo com o Observatório Global do Câncer, da Iarc, o câncer de pulmão é o mais comum, com 2,5 milhões de novos casos (12,4% do total). A seguir vêm câncer de mama, com 2,3 milhões de casos (11,6%); colorretal, com 1,9 milhão de casos (9,6%); de próstata, com 1,5 milhão (7,3%); e de estômago, com 970 mil (4,9%). Os dados abrangem 185 países e cobrem 36 tipos de câncer. O rápido crescimento da incidência está associado ao envelhecimento e ao crescimento da população, além da maior exposição a fatores de risco como tabaco, álcool, obesidade e poluição do ar.

Mais de 7 horas de tela afeta mente e músculos

Um estudo da Associação Americana de Optometria (AOA, sigla em inglês) sobre o impacto do tempo de tela na saúde humana revelou que, além de fadiga ocular, a saúde mental e a musculatura das costas ficam comprometidas diante de uma rotina de mais de 7 horas diária defronte uma tela de computador. Os problemas estão relacionados com a síndrome da visão do computador (SVC), que agrega problemas posturais e tensão decorrente de má postura, o que piora a qualidade de vida da pessoa, a saúde mental e a produtividade no trabalho. O trabalho será revisado. Para mitigar a SVC, a AOA recomenda:

  • Usar menos dispositivos: trocar de telas também é prejudicial. Por isso é melhor deixar o celular de lado ao quando sair diante do monitor.
  • Quem trabalha com duas telas deve sempre manter monitores da mesma marca, pois diferenças sutis de luminosidade contribuem para a SVC.
  • Posicionar o monitor e a luz em seu local de trabalho de modo a evitar reflexos na tela.
  • Ambiente de trabalho (cadeira e mesa) que atendam o seu tamanho.
  • Descansar assim que sentir dores musculares ou cansaço nos olhos.
  • Técnica 20-20-20: alivie a visão olhando para algo que esteja a 6 metros de distância (20 pés) por 20 segundos a cada 20 minutos de uso de tela.
  • Consultas anuais com oftalmologistas.

O que MR publicou

Ozempic: OMS alerta para aumento de falsificações

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta para a escassez de medicamentos como um problema global, sobretudo em países de baixa e média renda. O comunicado cita especificamente a escassez de produtos indicados para o tratamento do diabetes tipo 2 e também para perda de peso, como o semaglutida. A substância é o princípio ativo do Ozempic, caneta de aplicação na pele para controle do apetite. Este mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou um lote irregular do Ozempic no Brasil. A própria empresa detentora do registro – Novo Nordisk – identificou o problema e comunicou à agência. “Sabe-se que os produtos médicos falsificados não têm eficácia e/ou causam reações tóxicas. Não são aprovados, nem controlados pelas autoridades competentes, e podem ter sido produzidos em condições pouco higiênicas por pessoal não qualificado, conter impurezas desconhecidas e podem estar contaminados com bactérias”, finalizou a OMS.

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