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Como é a vacina da dengue; exame preventivo de Alzheimer; crescimento da tuberculose

O boletim de MONEY REPORT sobre saúde, inovação, negócios e políticas públicas
Como funciona a vacina contra dengue aprovada no Brasil

Anvisa aprovou por meio da Resolução RE 661/23, o registro de uma nova vacina para a prevenção da dengue. A vacina Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda., é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, conferindo assim uma ampla proteção contra a dengue. O produto está destinado à população pediátrica acima de quatro anos, adolescentes e adultos até 60 anos. O imunizante estará disponível para administração via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, a vacina representa de fato uma nova fase no combate à dengue, mas o controle do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti continuará a depender de uma série de estratégias combinadas na saúde pública.

Vem aí o exame de sangue para Alzheimer

A gigante farmacêutica suíça Roche planeja desenvolver um exame de sangue para detecção da doença de Alzheimer em conjunto com o peso pesado americano Eli Lilly. Visando a rápida aprovação dos EUA, as empresas correm para criar e vender os primeiros medicamentos destinados a retardar o declínio cognitivo progressivo causado pela doença incurável. O teste, chamado Elecsys Amyloid Plasma Panel, mede os níveis de uma determinada proteína no sangue que tem sido associada ao início da doença de Alzheimer.

Farmanguinhos amplia portfólio contra tuberculose

A tuberculose é um grave problema de saúde pública que afeta milhares de pessoas em todo o Brasil. Diante dessa realidade, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) investe em pesquisa, desenvolvimento e ampliação de seu portfólio. A instituição concluirá a nova área fabril voltada especificamente para produção de fármacos. Com total de 750 m2, a nova linha terá capacidade para produzir até 150 milhões de unidades farmacêuticas anualmente. Segundo o diretor Jorge Mendonça, essa estrutura possibilitará a ampliação do portfólio e garantir o tratamento aos pacientes assistidos pelo SUS. A tuberculose é considerada uma doença negligenciada com poucos investimentos por parte da indústria privada para o desenvolvimento de novas terapias. 


Brasil registra 78 mil novos casos de tuberculose

O Brasil registrou, em 2022, 78 mil novos casos de tuberculose – um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. Dados do Ministério da Saúde apontam que Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima apresentaram os maiores coeficientes de incidência: 84,1, 75,9 e 68,6 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes, respectivamente. O levantamento mostra que, em 2021, o país teve recorde de mortes pela doença – 5 mil no total, maior número identificado nos últimos dez anos. Atualmente, a tuberculose figura como a segunda doença infecciosa que mais mata, atrás apenas da covid-19, além de ser a principal causa de morte entre pessoas que vivem com HIV e Aids.

O que MONEY REPORT publicou esta semana

Farmacêuticas preparam vacinas contra a gripe das aves

O H5N1, que provoca a gripe das aves, está espalhando em um ritmo sem precedentes nos mamíferos após ter causado um número de mortes recorde em aves elevando a perspectiva de contágio a humanos. Embora seja consensual que o vírus ainda não adquiriu as mutações necessárias para ser transmissível entre humanos, farmacêuticas como a GSK, a Moderna e a CSL Seqirus revelaram à Agência Reuters que já estão a desenvolver ou estão perto de testar vacinas em humanos como medida de precaução. Da mesma forma, a Sanofi está “pronta” para iniciar a produção, se necessário. A Comissão Europeia tem dois contratos de aquisição conjunta para a compra de vacinas contra a gripe, um com a GSK e o outro com a Seqirus UK, confirmou um porta-voz da instituição ao jornal POLITICO.

Bandagem inteligente na cicatrização de feridas crônicas

Desenvolvida por cientistas que afirmam que o dispositivo poderia ajudar pessoas com úlceras diabéticas, queimaduras e feridas cirúrgicas não cicatrizantes. De acordo com dados de 2018, existem 2,2 milhões de pessoas no Reino Unido com feridas crônicas, custando £ 5,3 bilhões por ano. Agora, os pesquisadores afirmam ter criado um dispositivo que poderia ajudar a cicatrização dessas feridas: um sistema bioeletrônico, sem fio e elástico que pode aderir à pele.

Recuperado apenas 1% em esquema bilionário de covid

Apenas 1% dos cerca de £1,1 bilhão perdido no programa de apoio a negócios do governo contra a covid-19 na Inglaterra, como resultado de fraudes e erros, foram recuperados até agora, disse o órgão público de auditoria de gastos em um relatório pedindo aos ministros que aprendam lições com o esquema. A esmagadora maioria das fraudes e erros ocorreu durante a encarnação inicial do esquema de concessão lançado em março de 2020, que não exigia verificações pré-pagamento, disse o National Audit Office (NAO) em seu relatório sobre os esforços apressados. O total de £1,1 bilhão perdido em subsídios representou apenas 5% do total para o esquema, de acordo com estatísticas do departamento de negócios. As últimas informações sobre o dinheiro recuperado, compiladas pelo Departamento de Negócios e Comércio (DBT), recém-renomeado, e citadas pelo NAO, mostraram que apenas £11,4 milhões foram recuperados – 1% do valor perdido.

Farmacêuticas querem regime especial

As indústrias farmacêuticas apoiam a reforma tributária, mas querem ser enquadradas em um regime especial para a área da saúde. A afirmação partiu do presidente do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, em entrevista ao jornal Valor Econômico. Segundo a associação, que reúne 12 empresas brasileiras de capital nacional, esse é o padrão dos países que adotaram o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA). De acordo com a reportagem, há um temor de que a reforma tributária exclua a lista positiva, elaborada pelo Ministério da Saúde, que garante um tratamento tributário especial, envolvendo 70% dos medicamentos comercializados no Brasil que não pagam o PIS/Cofins.

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