Boletim de MR sobre medicina, pesquisa, inovação, saúde mental, negócios e políticas públicas
Descoberto primeiro medicamento a reabilitar vítimas de derrame
Um novo estudo da UCLA Health, da Universidade da Califórnia, descobriu o primeiro medicamento a reproduzir completamente os efeitos da reabilitação física de AVC em camundongos após estudos em humanos. As descobertas, publicadas na Nature Communications , testaram dois medicamentos candidatos derivados de seus estudos sobre o mecanismo dos efeitos cerebrais da reabilitação, dos quais um resultou em recuperação significativa no controle dos movimentos. O estudo busca determinar como a reabilitação física melhorava a função cerebral após um derrame e se eles poderiam gerar um medicamento que produzisse os mesmos efeitos.
Conheça o mal que compromete o sêmen desde a adolescência

Pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) revelou que a hipertensão arterial pode causar alterações na qualidade do sêmen, como danos ao acrossoma, estrutura responsável para penetração no óvulo. O estudo também identificou que que o medicamento anti-hipertensivo losartana, reduziu os níveis de pressão arterial, mas não foi suficiente para reverter as alterações nos espermatozoides. Já o medicamento prazosina se mostrou eficaz na correção dos danos.
Remédio 2 em 1 para alto colesterol é aprovado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento contra o colesterol alto. Desenvolvido pela farmacêutica japonesa Daiichi Sankyo, o produto combina o ácido bempedoico, molécula que inibe a produção orgânica de colesterol no fígado, e a ezetimiba, que limita a absorção do colesterol no intestino.
Nos ensaios clínicos, os cientistas identificaram uma redução de 38% nos níveis de LDL-colesterol (o “colesterol ruim”). O estudo também identificou que o novo medicamento diminuiu os efeitos colaterais em pacientes intolerantes às estatinas, usadas contra a doença, como infartos e derrames.
O que MR publicou
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- Ele quer que todo o paulista tenha plano de saúde – e faturou R $ 100 milhões
O que são os desertos dermatológicos
Estudo do Global Access to Skin Health Observatory, em parceria com a Liga Internacional das Sociedades Dermatológicas (ILDS), identificou que mais de um terço dos países têm apenas um dermatologista ou menos por 100 mil habitantes. Desta forma, cerca de 3,5 bilhões de indivíduos não possuem acesso a um profissional de saúde adequado. Chamado ‘deserto dermatológico’, o fenômeno também afeta regiões do Brasil.
Pensando nisso, o Grupo L’Oréal anunciou o Act for Dermatology, iniciativa liderada pela divisão de Beleza Dermatológica para democratizar o acesso à saúde da pele para os 2,1 bilhões de pessoas afetadas por doenças dermatológicas no mundo. O programa, que conta com o investimento de US$ 20 milhões ao longo de cinco anos, firma uma parceria com a Fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate às doenças de pele comuns e às doenças tropicais negligenciadas (DTNs), aumentando a conscientização global sobre o impacto dessas condições.
Entre as iniciativas estão:
- Conhecimento pioneiro: avançar na pesquisa dermatológica por meio do mapeamento global de dermatologistas, abordando lacunas de conhecimento sobre tons de pele diversos, analisando o impacto das mudanças climáticas e combatendo a estigmatização associada às doenças de pele.
- Aumento da conscientização: elevar a saúde da pele como uma questão de saúde pública, engajando formuladores de políticas e promovendo esforços de advocacy por meio da colaboração com ONGs e stakeholders do setor.
- Capacitação educacional: Treinar profissionais de saúde para diagnosticar e tratar doenças de pele, com um investimento de 2 milhões para facilitar o acesso aberto a pesquisas dermatológicas em países de baixa e média renda.
- Ampliação de soluções: Financiar iniciativas comunitárias de alto impacto para expandir o diagnóstico e o tratamento dermatológico, aproveitando as melhores práticas reconhecidas pelo International Awards for Social Responsibility in Dermatology.
Justiça de SP determina aborto legal em casos de stealthing

Uma decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ordenou que o Centro de Referência da Saúde da Mulher realize abortos legais em casos que resultem em gestações por causa da retirada sem consentimento do preservativo durante a relação sexual.
A juíza Luiza Barros Rozas Verotti reconheceu que a prática, conhecida como stealthing, é uma violência sexual análoga ao estupro. Além do estupro, a legislação autoriza a interrupção da gravidez nos casos de risco de morte da gestante e de anencefalia fetal, ou seja, de má-formação do cérebro do feto.
Mais Médicos abre 2,2 mil novas vagas e cadastro reserva

O Ministério da Saúde anunciou um novo edital para a contratação de 2.279 profissionais pelo Programa Mais Médicos. Segundo a pasta, as vagas serão disponibilizadas para 4.771 municípios. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que, com o preenchimento das novas vagas, o programa passará a contar com mais de 28 mil profissionais.
Lucro de planos de saúde aumentou 271% em 2024
Os planos de saúde registraram lucro líquido de R$ 11,1 bilhões em 2024, um aumento de 271% na comparação com 2023. Este resultado também é superior ao que foi obtido nos três anos anteriores somados.
De acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a parcela equivale a aproximadamente 3,16% da receita total das operadoras, que foi de aproximadamente R$ 350 bilhões. Isso significa que para cada R$ 100 gerados, as empresas obtiveram cerca de R$ 3,16 de lucro.
SP registra 300 mil casos de dengue

O estado de São Paulo está se aproximando dos 300 mil casos confirmados de dengue desde o início do ano. Segundo o Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde, o estado já registrou 296.143 casos confirmados até a última sexta-feira (21).
Dentre os infectados, 273 foram a óbito e 545 desenvolveram dengue grave. Ainda há 465 óbitos em investigação. A região paulista com maior número de óbitos é a de São José do Rio Preto, com 86, seguida por Ribeirão Preto, com 34; e Campinas, também com 34 mortes. Já a região com maior incidência de infectados, a cada 100 mil habitantes, é a de São José do Rio Preto (4,4 mil), seguida de Araçatuba (3,2 mil) e Araraquara (2,3 mil).